1 - Concorda com a política do governo em relação aos trabalhadores contratados
a prazo?
Respeito pela iniciativa dos trabalhadores
Não concordo com a política do governo em relação aos trabalhadores
contratados. Julgo mesmo que é uma política estúpida e selvagem.
Não se pode punir toda uma geração de jovens que estão em inicio de vida e que
infelizmente não têm a estabilidade que lhes permita apostar no inicio de
carreira.
A função pública precisa de uma política mais clara no que respeita ao
trabalho. Devem ser discutidas novas regras de mobilidade no interior da função
pública. Mobilidade entre pessoa dos vários ministério. Devem acabar-se com as
capelinhas. Devem permitir-se que os próprios trabalhadores mudem no interior
da função pública. Podem os postos de trabalho mais atraentes ser ocupados por
concurso interno. Deve haver estímulos.
Não se pode é tomar medidas estúpidas e irracionais como as do actual governo.
João Dias, 14-6-2002
Não concordo
Esta política de ataque ao trabalho sob contrato a prazo atinge sobretudo
jovens em início de carreira. É uma política negativa por atingir quem
necessita de iniciar uma carreira. Negativa por não dar estabilidade a quem
precisa de assumir encargos decorrentes da estruturação da sua vida pessoal e
profissional. Negativa por impedir o rejuvenescimento dos vários serviços.
Negativa porque é um incentivo à precariedade na iniciativa privada.
Além de negativa não tem sentido. Com um dos bónus que o governo dá a um grande
industrial pagava os salários a dezenas de milhares de trabalhadores.
Tirar a quem tem pouco para dar a quem tem demais é uma política condenável.
Sandra Costa, 22-6-2002
Acabar com as mordomias
A política do governo tem de ser vista na sua globalidade. O
caso dos contratos a prazo é só uma particularidade. O governo faz muito bem em
ter uma política voltada para acabar com as mordomias criadas pelo Partido
Socialista. Foi para acabar com estas mordomias que os portugueses votaram no
PSD. Pode descontentar a esquerda que nunca gostou de trabalhar mas o país tem
de ser limpo de todos os calaceiros.
Nuno Resende, 23-6-2002
2 - O calendário escolar para o ano 2002-2003, aboliu as pausas escolares. Qual
a sua opinião sobre essa medida do Ministério da Educação?
Abolição das pausas escolares
Concordo com a abolição das pausas escolares. Permitem realizar
um trabalho mais contínuo com os alunos, começarmos o ano escolar todos ao
mesmo tempo o que eu considero positivo. As pausas (não que não me soubessem
bem.,..) traziam uma quebra no trabalho..os alunos com uma semana sem aulas já
não se lembravam do que tinha sido dado antes da pausa....
Bernardete Francisco, 8-6-2002
É preciso outro calendário escolar
Na minha opinião a questão mais importante não é a das pausas escolares.
O mais importante é que o calendário escolar seja elaborado em função de
exigências pedagógicas e não em função do calendário religioso ou de outros
interesses.
É possível respeitar os feriados religiosos como são o Natal ou a Páscoa sem
sujeitar o calendário escolar a essas datas. Não faz sentido ter um 1º período
escolar com uma duração superior a 3 meses; um 2º período com cerca de dois
meses e um terceiro com pouco mais de um mês. Tudo isto resulta de se tomar
como separadores a pausa de Natal e a da Páscoa.
Os três períodos lectivos deviam ser equilibrados. Devia haver pausas pelo meio
de modo a permitir a alunos e professores repensar o trabalho e também a
descansarem uns dos outros. Admito que paragens de aulas de dois ou três dias
pudessem surtir o efeito desejado.
Mas repito, fundamental é pensar o desenrolar do ano em função das necessidades
de aprendizagem.
Faço notar que o próximo calendário ao determinar que o ano escolar começa a 16
de Setembro e termina antes do fim de Junho obedece também, muito claramente,
ao interesse do turismo e às férias sazonais. Isso não é negativo em si, mas
deve ser assumido de forma transparente. Certamente que o turismo e muitos pais
agradecem a deferência, mas é preciso ter também em consideração, outros
parâmetros na organização do calendário escolar.
Zé Paulo, 14-6-2002
Prepotência e miopia governamental
Primeiramente, todo o processo que levou a esta decisão é sintomático da
postura do governo em relação à auscultação das opiniões eventualmente
diferentes, e susceptíveis de serem menos popularuchas, ou seja, menos à sua
medida.
Em segundo lugar, só uma visão míope não consegue discernir as nítidas
vantagens de pausas escolares no meio de longos períodos de aulas.
Finalmente, o já típico "Eu é que sei" do governo vai, certamente, originar uma
série de disparates em catadupa.
Paulo Gonçalves, 17-6-2002
Quantidade e qualidade
Esta abolição das pausas escolares determinada pelo ME é apenas
uma medida de propaganda. Seria mais útil se o governo tratasse dos problemas
sérios das escolas. Ao tomar esta medida com tanta precipitação o ministro quis
mostrar serviço de imediato. Podia mostrar serviço dizendo quais as condições
materiais mínimas que têm de ter as escolas para iniciarem o próximo ano
lectivo. Bastava pensar no que é preciso fazer no 1º ciclo no que toca a
instalações escolares e a materiais de apoio. Mas é mais fácil chutar para as
autarquias, é que quando todos são responsáveis ninguém é responsável. Enquanto
a comunicação social se entretiver com as pausas escolares não se pensa no que
é mesmo sério. Só as moscas é que mudam. É pena que tudo continue sempre na
mesma.
Rafaela Simões, 21-6-2002
3 - O país deve ter ou não comunicação social pública a par da comunicação
social privada?
Bem público
A comunicação social pública é absolutamente fundamental. A
comunicação é poder. Não ter televisão pública é como não ter ministério da
defesa ou dos negócios estrangeiros. Será que em nome da diminuição das
despesas o governo também pensa privatizar estes e outros ministérios?
Rui Dinis, 7-6-2002
Uma televisão da população
Uma das ameaças à liberdade dos povos é a privatização absoluta da comunicação
social. Quem tiver as televisões tem o domínio da opinião no país. À tirania
das televisões escapam apenas pequenas minorias sem força para decidir
eleições. A maioria da população pensa de acordo com o que pensa a televisão.
Manter um sector público de televisão é uma condição necessária para a
existência de cidadania e liberdade.
Julgo que a salvaguarda da qualidade, pluralidade e independência da televisão
pública deve passar pela sua dependência da Assembleia da República. A
televisão não deve depender dos governos mas da Assembleia da República que é
onde se confrontam as diferentes sensibilidades políticas nacionais.
Sandra Almeida, 14-6-2002
Regulação e controlo Democrático
A comunicação social ganhou, na sociedade moderna, um poder paralelo ao poder
político (ou maior já que o político está refém da comunicação social). Uma
democracia não pode prescindir de uma comunicação social pública que assegure
isenção e distanciamento em relação à informação que veicula; que se oriente
por princípios éticos que garantam o respeito pela individualidade e opinião de
cada um e ainda que salvaguarde a dignidade a que todos têm direito.
Para isso, os órgãos de comunicação públicos devem responder perante a
Assembleia da República, o único órgão colegial onde estão representadas todas
as forças políticas. A comunicação social pública é um "órgão" de regulação e
controlo democrático e um meio de difusão cultural ao alcance de todos. Por
isso deve ter qualidade, ir ao encontro de públicos diversificados e inverter a
lógica de competição com as televisões privadas que só tem resultado numa
mediocridade ainda maior.
Natália Dias, 17-6-2002
Dois canais
É certo que a televisão está a evoluir. Com o tempo muita coisa
passará pelo cabo. Mas por agora a maioria da população só tem os canais
generalistas. As opções da maioria já são poucas visto que os canais privados
têm uma programação muito semelhante do tipo se não é telenovela é novela e se
não é novela é telenovela. A isto somam-se uns concursos e uns entretenimentos
parvos. Não é justo que se condene todo o povo a isto. Devem manter-se os dois
canais públicos. Deve-se exigir responsabilidade na gestão económica deste bem
que é de todos nós. Devem-nos ser apresentadas contas anuais. Deve-se também
exigir responsabilidade na qualidade da programação dos dois canais. O lixo
televisivo deve ser rigorosamente banido da televisão pública. Esta deve ser um
exemplo de qualidade que respeite vários públicos.
Celeste Monteiro, 22-6-2002
4 - Globalmente, até agora, a actuação do nosso governo foi:
Muito má
Este governo tem feito uma política de barata tonta. Uma
política irresponsável. Sobretudo uma política que não tem em conta que as
pessoas são pessoas não são números nem objectos.
Pedro Emanuel, 6-6-2002
O nosso Governo
Considero que tem sido razoável pois parece que estão a tentar
resolver várias situações graves do país. No entanto, a forma como o estão a
fazer (parece uma metralhadora que dispara contra tudo e contra todos...) é que
não parece ser a melhor.
Elsa, 12-6-2002
Desgoverno
Está a ser o que eu esperava, má.
Mesmo dentro do PSD os que têm experiência e responsabilidade política sempre
consideraram Durão Barroso (DB) incompetente e impreparado. De repente, por
causa da demissão de Guterres, ficaram com um governo na mão.
O PSD não teve tempo de eleger outro pessoal político mais competente. Por
questões de interesse partidário deixaram de falar da incompetência de DB, mas
a verdade é que os mais capazes do PSD não quiseram participar neste governo.
Por isso é um governo de marmelos, indivíduos de meia tigela, inexperientes e
sem sentido de Estado.
O que os tem safo, até agora, é a propaganda sobre o caos em que está o país.
Uma propaganda que embora sendo irracional (na opinião deles parece que o país
se transformou num país de bandidos e de ladrões) ainda pega na cabeça dos mais
crédulos. Mas é uma propaganda que tem o prazo marcado. Quando tiverem de
começar a mostrar serviço vai ser o diabo.
Lurdes Silva, 14-6-2002
Que venham melhores dias !!!
Depois de seis anos de uma (des)governação de indecisões, de avanço e de
recuos, de medidas para calar a opinião pública, tenho dificuldades em
compreender como alguns cidadãos consideram este governo como nefasto.
Custa-me a encarar as sondagens que dão novamente vitória "rosa", depois da
experiência vivida. Custa-me ouvir alguns portugueses a considerarem medidas
economistas como medidas de regime de ditadura, quando se esquecem que os
gastos excessivos são pagos por todos, com maiores dificuldades por aqueles que
auferem menores rendimentos.
Lamentam a política de contenção de despesas da RTP, que espero sinceramente
que o governo não volte atrás, caso contrário cairemos novamente em políticas
de portagens erradas como a da Ponte Salazar (Ah! É "25 de Abril", mas pensei
que tinha sido construída antes !!!).
Assim me despeço e espero que venham melhores dias... e desculpem as minhas
opiniões não terem pensado naquilo que é politicamente (in)correcto de se
dizer.
Vicente Costa, 17-6-2002
Pior do que o esperado
Durão Barroso na oposição não deu nenhuma perspectiva de poder governar bem.
Mas confesso que nestes dois meses ultrapassou as minhas piores expectativas. A
própria escolha dos ministros é estranha. Julgo que mesmo numa perspectiva
tecnocrática o PSD tem lá melhor. Decididamente formou a pior equipa.
Preocupou-se em escolher os amigos e não os melhores jogadores. Ele próprio é
um jogador medíocre. Não tem qualidades mínimas para treinador. Não lhe auguro
grande futuro. O país está em más mãos.
Ana Mendes, 19-6-2002
Um governo a prazo
Durão Barroso já confirmou a sua incompetência para o desempenho
do lugar de 1º ministro. Dentro do próprio PSD isso já é reconhecido. Não dou a
este governo mais de dois anos de vida. O PSD para manter o poder vai ter de
propor outro 1º ministro. Este governo durará até 2004 altura em que o PSD
proporá uma completa remodelação governamental. O Loureiro é um dos que já
espreita e já está a preparar o terreno. Dentro do actual governo Marques
Mendes perfila-se também como possível herdeiro. A Aliança que sustenta o
actual governo pode até durar mais do que uma legislatura, Durão Barroso e os
patetas que o rodeiam é que não.
Ricardo Serpa Pereira, 24-6-2002
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