O próximo Governo PSD tem uma série de medidas previstas para o ensino que desde já se adivinham nada pacíficas. A principal, e mais polémica, é a de obrigar os candidatos a professores a fazerem um exame de admissão, de modo a serem testadas as suas capacidades pedagógicas. Outra das medidas "laranja" para a próxima legislatura são o encerramento das escolas que não tenham um número mínimo de estudantes, o fim das pausas lectivas e a suspensão da revisão do ensino secundário. O novo Governo tenciona ainda dar peso às provas de aferição realizadas no 4°, 6° e 9° anos, de modo a que estas contem para a avaliação do aluno. Reduzir o número de cursos tecnológicos e alterar o programa das disciplinas são outras das promessas do PSD para o ensino secundário.
No que toca ao ensino superior, David Justino, porta-voz do PSD para a Educação,
considera que o actual modelo de financiamento é insustentável, pelo que é preciso
encontrar uma outra solução. No programa eleitoral do PSD defende-se a criação
de um novo modelo que garanta a liberdade de escolha dos alunos, entre público
e privado, o que só é possível dando condições de frequência iguais, em termos
financeiros, aos estudantes. A grande novidade é que o PSD propõe que parte
do financiamento seja feito através de um pagamento directo ao aluno, através
de bolsas, permitindo ao estudante escolher a instituição que pretende frequentar.
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