Caras amigas e amigos
Quero hoje dar-vos notícia sobre o Fórum Social Mundial de
Porto Alegre e sobre o que julgo ser a sua importância para aqueles e aquelas
que lutam por um mundo melhor.
Escrevo às vésperas do segundo Fórum Social Mundial, ainda desta feita a se
realizar na cidade de Porto Alegre, cidade que tem uma administração petista,
num estado também administrado pelo Partido dos Trabalhadores.
Este ano o Fórum acontecerá dos dias 31 de janeiro a 5 de fevereiro e são esperadas
mais de 2 100 organizações e cerca de 10 mil delegados, onde se destacam nomes
como Noam Chomsky, Rigoberta Menchu, Vandana Chiva , José Jové, Maria da Conceição
Tavares, Leonardo Boff e tantos e tantos outros e outras que, por sua luta em
defesa de um mundo melhor, já contam com um reconhecimento mundial.
O temário e a metodologia decorrem da avaliação do I Fórum, embora haja espaço
para propostas emergentes a partir da conjuntura mundial. Assim, estão previstas
- Conferências ( resultado das inúmeras redes, movimentos e organizações da
sociedade civil engajadas na luta contra a globalização neoliberal)
Conferências Especiais( espaços para a divulgação e debate de propostas elaboradas
em eventos como o Fórum Mundial de Educação de Porto Alegre e o Encontro sobre
Segurança Alimentar acontecido em La Habana, Cuba)
Seminários de aprofundamento de temáticas específicas, especialmente as propostas
pelo Conselho Internacional do Fórum Social Mundial)
Oficinas que visam à troca de experiências, articulação, planejamento e criação
de estratégias de grupos e de redes)
Testemunhos de personalidades com reconhecida trajetória em prol da liberdade
e dignidade humana)
Atos políticos - já está previsto um grande ato público para marcar o início
do Fórum e outro no final. Manifestações sobre a criação de um Tribunal da Dívida
Externa e uma Assembléia sobre a Área de Livre Comércio das Américas)
Além disso estão previstas Atividades Culturais, que fortaleçam a mensagem e
a identidade pública do Fórum como evento político-cultural.
É importante destacar que o Fórum se pretende mais do que um evento, já que
se afirma como um processo de reflexão estratégica coletiva, resultado de encontros
entre redes, alianças e movimentos da sociedade civil mundial. " O sonho, a
vontade e a emoção que dão vida ao Fórum são obtidos centrando os trabalhos
nas perspectivas, demandas, propostas de tudo que é emergente e que tem como
protagonistas sujeitos concretos em luta".
Enquanto o Primeiro Fórum teve um sentido denunciador, o Segundo Fórum pretende
ser mais propositivo, dado o acúmulo de críticas e propostas acontecidos no
decorrer do ano.
Darei notícias depois do meu regresso.
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