Estudantes de saúde turcas têm de manter virgindade
O Ministério turco da Saúde adoptou um novo código disciplinar
que impõe a virgindade às alunas das escolas médicas, sob a ameaça de expulsão,
divulgava recentemente a imprensa turca. O novo regulamento proíbe as alunas
das Escolas de Saúde que prestam ensino técnico às jovens entre 13 e 17 anos,
de "manter relações sexuais e prostituir-se", segundo o jornal Harriyet. Em
caso de suspeita, as alunas poderão ser submetidas a um "teste de virgindade"
e se o "impudor" for constatado, serão expulsas, assinala o jornal, que critica
esta decisão, alegando que "abre caminho para a arbitrariedade".
O jornal acusa o ministro da Saúde, Osman Durmus, membro do Partido de Acção
Nacionalista, de querer tornar-se "guardião da virgindade". de acordo com o
novo regulamento, as alunas expulsas por "atitude indecente" não terão direito
de recorrer contra a decisão, que será adoptada por um conselho especial, precisa
por sua vez o jornal Radikal.
Fonte: AFP
Palestinianos acusam exército israelita de estar envolvido na morte de 140 alunos
O ministério da educação palestiniano acusou recentemente o
estado de Israel de participar na morte de 140 alunos desde o recomeço da Intifada,
em 28 de Setembro do ano passado. De acordo com Abou al-Hommos, vice-ministro
da educação, os incidentes ocorreram sempre em período de actividade escolar,
precisando que 95 escolas tinham sido bombardeadas e 23 invadidas pelo exército
israelita no decurso das aulas. No total, 2151 alunos ficaram feridos, tendo
alguns ficado permanentemente incapacitados. Dos 1935 estabelecimentos de ensino
básico e secundário situados nos territórios autónomos palestinianos, 275 situam-se
precisamente nas zonas de confronto entre os dois exércitos.
Fonte: AFP
Economia de mercado ameaça a escola pública no mundo
"Os sistemas educacionais públicos estão ameaçados pelo impacto
da globalização e da economia de mercado", afirmou o secretário-geral da Internacional
da Educação no discurso de abertura do terceiro congresso mundial desta confederação,
que decorreu no final de Julho na Tailândia. "Opômo-nos à ideia de as escolas
serem abertas à economia de mercado, queremos que estejam abertas a todas as
crianças", disse o holandês Fred Van
Leeuwen diante de 1300 participantes de 305 organizações de professores, que
representam um total de 24,5 milhões de membros em 155 países.
A Internacional da Educação (IE), uma confederação dos principais sindicatos
de professores do mundo, esteve reunida na localidade de Jomtien, a 180 kms
da capital Bangcok, para discutir as consequências da globalização na educação:
a comercialização e privatização de sistemas educacionais, o impacto nos direitos
e condições de emprego dos professores e os desafios das tecnologias de informação.
"A globalização não é uma loucura, mas faz aumentar as desigualdades no interior
dos estados e entre os estados ricos e pobres, opinou Jean-Paul Roux, secretário-geral
do UNSA, sindicato francês co-fundador da IE. O congresso convidou todos os
membros da IE a lutar junto dos seus governos para que a educação e a saúde
sejam excluídas do Acordo Geral sobre Comércio e Serviços da Organização Mundial
do Comércio.
"A globalização deve ter uma dimensão social e o futuro das nossas crianças
não está à venda", declarou na tribuna do congresso Bill Jordan, secretário-geral
da Confederação de Sindicatos Livres (CISL), associada à IE.
Solidamente representada nos países em desenvolvimento, a IE discutiu também
os meios para se alcançar a "educação para todos" até ao ano 2015, ou seja,
a educação primária de todas as crianças do mundo e a alfabetização dos adultos.
Existem no mundo 115 milhões de crianças dos 6 aos 12 anos sem escola e 882
milhões de analfabetos, dos quais 63,7% são mulheres, segundo a IE.
Fonte: AFP
Educação sexual chega às escolas iranianas
O ministério da educação iraniano vai introduzir nas escolas
uma nova disciplina intitulada "Adolescência e puberdade", correspondendo na
prática a um tímido ensaio no ensino da educação sexual dos estudantes daquele
país, que representam cerco de um terço dos 60 milhões de habitantes. O anúncio
foi feito por Rahim Ebadi, vice-ministro da educação, à margem de um encontro
ministerial sobre este tema, abordado pela primeira vez naquela república islâmica
desde que, em 1979, a revolução dos "Ayatholas" a excluiu do debate público.
No Irão, a vida sexual é considerada um assunto tabu e está totalmente ausente
da educação dos jovens. Desde há uma década, porém - altura em que os "reformistas"
começaram a integrar as estruturas do poder - o tema tem merecido a atenção
de psicólogos e de especialistas da educação, que preconizam a sua introdução
no programa escolar.
Fonte: AFP
Americanos têm visões diferentes sobre o racismo
A maioria dos americanos brancos pensa, equivocadamente, que
os negros vivem nas mesmas condições sócio-económicas do que eles, indica uma
pesquisa publicada recentemente pelo jornal Washington Post. Segundo a pesquisa,
realizada conjuntamente pela Fundação Henry J. Kaiser Family e a Universidade
de Harvard, entre 40 e 60% dos brancos entrevistados consideram que o negro
americano de classe média vive tão bem ou melhor do que o branco de classe média.
Segundo estatísticas oficiais, a diferença no nível de vida de brancos e negros
reduziu-se substancialmente, mas as condições de vida destes últimos em relação
ao trabalho, salário, educação e saúde são ainda muito inferiores.
"Estes resultados revelam que o sentimento generalizado entre a maioria da população
branca é que pelo facto de estarmos em 2001 a segregação e discriminação não
são mais temas actuais e não podem ter dimensões tão terríveis quanto os negros
querem fazer acreditar", declarou àquele jornal Keith Reeves, especialista em
ciências políticas, que trabalhou na pesquisa.
Indagados sobre a noção do lugar que ocupam as questões sobre racismo e raças
nos Estados Unidos, 52% dos entrevistados brancos indicaram que ela é exagerada,
seguidos por 31% dos hispânicos, 28% dos asiáticos e 17% dos negros.
Fonte: AFP
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