"Foi o chefe mais amado da Nação desde o sucesso
da Revolução liderando os liberais. Foi o pai dos mais humildes
e brasileiros lutando contra grupos financeiros e altos interesses internacionais.
Deu início a um tempo de transformações guiado pelo anseio
de justiça e de liberdade social (...)" (1)
Getúlio Dornelles Vargas nasceu a 19 de Abril de 1883
e morreu no dia 24 de Agosto de 1954. Foi Presidente do Brasil de 1930 a 1945
e de 1951 a 1954. Licenciado em Direito, foi membro do Congresso pelo Rio Grande
do Sul, bem como Governador desse Estado de 1928 a 1930. De 1926 a 1927 foi
Ministro das Finanças do Brasil. Liderou uma Revolução
tomando o poder e industrializando o País, usando um estilo autoritário
mas obtendo apoio popular devido a uma política de reformas sociais.
Getúlio apoiou os Aliados durante a 2ª Guerra Mundial; a sua popularidade
foi decrescendo pelos seus modos autoritários (é o que nos dizem).
Em 1945 foi deposto pelas Forças Armadas. Mas ganhou
as Eleições Presidenciais de 1950, enfrentando crescente oposição.
Vargas simboliza o Homem, mais ainda, a fragilidade que quem exerce o poder
sente e na realidade tem. Começando por se situar "à direita",
foi-se modificando, acabando na "esquerda".
Isto de esquerda e direita não é só hoje
que se define com dificuldade. Getúlio era anti-comunista, mas promoveu
a modernização do Brasil e instituiu reformas sociais. Fascinou
muita gente, pela sua acção. Segundo se diz, suicidou-se. Será
mesmo?
"(...) a nós ele entregou seu coração
que não largaremos mais não,
pois nossos corações hão-de ser nossos,
a terra, o nosso sangue, os nossos poços, o petróleo é
nosso, os nossos carnavais. Sim, puniu os traidores com perdão (...)
e partindo nos deixou uma lição;
a Pátria afinal ficar livre ou morrer pelo Brasil."
(2)
Pois é Getúlio, dizem que se matou com um tiro
no coração!
Será verdade, mas é esquisito...
Simone cantou os versos citados neste texto, em disco com quase
vinte anos. É um poema bonito, sobre a História deste Presidente,
sobre o Brasil que devemos querer entender. O mesmo de Juscelino, de João
Goulart, de Jânio Quadros, de Tancredo Neves, dos célebres céus
de Brasília. (Se ficou curioso leia mais!)
Notas:
(1) e (2) Poema "Dr. Getúlio", Edu Lobo/Chico Buarque,
adaptado para este texto exclusivamente ao nível da pontuação,
in "Desejos", disco de Simone, (CD) Sony Inc., 1985.
Carlos Alberto Mota
Maria Gabriel Cruz
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