O «Inventário Artístico de Portugal», uma obra
de referência sobre o património nacional, que vem sendo editada
desde 1943 pela Academia Nacional de Belas Artes (ANBA), foi digitalizado e
está disponível em três CD-Rom desde meados de Fevereiro
(cerca de 4 mil escudos).
Trata-se do primeiro resultado concreto de um protocolo assinado
em Junho de 2000 entre a Academia e o Instituto Português do Património
Arquitectónico (IPPAR). "O inventário é um instrumento
fundamental na salvaguarda do património português e a sua informação
está agora coordenada e pode ser mais facilmente acessível através
do formato digital", afirmou o presidente do IPPAR, Luís Calado.
De facto, muitos dos volumes estão esgotados e o seu
preço ? pode atingir dezenas de contos em alfarrabistas ?, torna-os inacessíveis
a muitos estudantes e ao público em geral. Por outro lado, se o CD-Rom
não proporciona o mesmo prazer que a edição em papel, a
digitalização permite uma maior facilidade de consulta, armazenamento
e investigação.
A aplicação multimédia ? que reúne
os 17 volumes até hoje publicados, referentes a sete distritos e 109
concelhos ? é da responsabilidade da Faculdade de Ciências Sociais
e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, mantendo os textos e as fotografias
originais.
A consulta às bases de dados, com cerca de 60 mil textos
e 15 mil imagens, realiza-se através de três modos de pesquisa
de informação: referência geográfica (por zona das
áreas inventariadas), referência temática (património
arquitectónico, arqueológico, móvel e documental) e livre.
Entretanto, a ANBA deverá lançar proximamente
o inventário referente às cidades do Porto (ainda este ano) e
de Castelo Branco (início de 2002), prevendo-se que estes volumes sejam
posteriormente digitalizados.
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