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Escaparate

ISTO É QUE FOI SER!

Texto: Álvaro Magalhães
Ilustrações: José de Guimarães
Edições Afrontamento
pp. 54

'Hoje é o dia 14 de Março de mil vintecentos e setenta e nove (acho que é assim que se diz, mas não tenho a certeza). São cinco horas da tarde, já acabei o meu lanche e eu e a história estamos à espera do Miguel para começar. O Miguel ainda não nasceu, mas já existe: está na barriga da mãe. Vai com ela às compras e ao supermercado, toma banho sem se molhar nem apanhar frio, fica deitado quando ela se deita e a fazer o pino quando ela anda à procura dos chinelos debaixo da cama. Mas sente-se bem porque lá dentro é tudo feito à sua medida e à medida das suas necessidades, o alimento chega sempre a horas através do cordão umbilical e principalmente porque aquilo é - como ele diz - uma coisa fofa e quente'.
Isto é que foi ser! é um livro que fala sobre a vida numa linguagem acessível aos mais pequenos. Uma história bonita e muita imaginativa, que conta o percurso Vale a pena ler.

AO SOPRO DAS BRISAS FAGUEIRAS DO ÍNDICO

Uma visão panorâmica do fenómeno feminista dos anos 30
Filomena da Cunha
Edição de autor
pp.90

Rosalina Filomena da Cunha (literariamente Filomena da Cunha) foi uma feminista convicta nos anos 30. Radicada na Índia portuguesa, defendeu, através de artigos dispersos publicados nos jornais da época, como O Heraldo, o Jornal da Índia, o Independente e a revista lisboeta Portugal Feminino, o Movimento Mundial de Emancipação da Mulher.
Contra os ataques de Rufino de Lemos (um anónimo de Goa) que, ironicamente, lhe confessara não compreender 'o significado do feminismo', Filomena da Cunha citou a opinião da escritora Maria Amália Vaz de Carvalho sobre o feminismo como o 'simpático movimento de libertação da mulher, escrava do homem, em inferioridade legislativa, moral e social'.
'Ao Sopro das Brisas Fagueiras do Índico' é um livro que pretende divulgar os textos dispersos e artigos de jornal publicados pela autora, dando-nos uma imagem do movimento feminista na primeira metade do século XX.

AUTONOMIA DAS ESCOLAS: UM DESAFIO

Alfredo Gomes Dias; Ana Maduro da Costa e Silva;
Conceição Alves Pinto; Isabel Hapetian
Texto Editora
pp.96

Esta obra constitui o ponto de partida para uma reflexão sobre como e o que mudar na educação, garantindo-se uma plural e qualificada aglomeração de experiências obtidas pelos autores ao longo da caminhada que desemboca na questão da autonomia.
Testemunhos de experiências no âmbito dos Curriculos Alternativos e parcerias de Territórios Educativos de Intervenção Prioritária e a sua ligação à Associação de Escolas são aqui apresentados, partindo-se da realidade social complexa e diversificada para um novo conceito, onde a reorganização administrativa, e sobretudo as relações entre Estado, Ministério da Educação, Escolas e Sociedade são fundamentais.

A FESTA DOS MAIOS NA ESCOLA

Jose Paz Rodrigues
Movimento de Renovação Pedagógica
pp. 90

A festa popular dos 'Maios' é celebrada um pouco por toda a Europa e particularmente na Galiza. Ourense e Pontevedra são as cidades galegas onde esta festa, de homenagem ao amor e à natureza, melhor se conserva. O maior número de investigadores desta manifestação, originária da pré-história, é precisamente de Ourense e sua província. Para mostrar as suas raízes e as suas práticas, a ASPGC - Associação Sócio-Pedagógica Galaico-Portuguesa/ Movimento galaico-português de Inovação Pedagógica -, em colaboração com a editora 'Portugaliza Editora dos Oito', decidiu publicar este livro, onde se contempla um amplo capítulo propondo aos educadores, de todos os níveis de ensino, a realização de uma ampla listagem de actividades didáticas.

EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E CULTURAS

Revista da Associação de Sociologia e Antropologia da Educação
Edições Afrontamento
pp. 252

O nono número da Educação, Sociedade e Culturas propõe vários artigos que reflectem sobre 'a mudança de paradigma na avaliação educacional', sobre 'elementos para uma perspectiva eco-etológica em educação: educação ambiental, etologia e ética' e sobre 'a importância da reflexividade na sociologia da educação'.
Ainda três análises sociológicas, proporcionadas por artigos de Cristina Rocha - das transformações nos sistemas de formação farmacêutica -, de Isabel Pestana Neves e Ana Maria Morais - do significado das mudanças introduzidas na actual reforma educativa (usando como foco de análise disciplinas de ciências) - e de Carlos Vilar Estevão - da privatização do ensino no contexto da reestruturação do Estado -, todas elas focalizando transformações, tanto na vertente de regulação como naquela de emancipação, que exprimem no fundo uma alteração na relação entre educação/formação e trabalho, embora todas as implicações desta alteração para as relações sociais ainda não sejam claras.
Destaque ainda para as leituras , a partir de campos muito diferentes, do livro O Imaginário das Crianças (de Raúl Iturra), feitas por Manuela Ferreira e Manuela Malpique.

TEATRO DE BONIFRATES E DE SOMBRAS

Maria Palmira Moreira da Silva
Editora Civilização
pp. 56

A cultura bonecreira portuguesa não só representa um dos maiores valores da etnografia nacional, como também se insere na cultura universal da marioneta enquanto elemento singular. E a Arte, como forma auxiliar do ensino, é um instrumento pedagógico e lúdico que contribui para a formação de crianças e adultos. Além de nos dar a conhecer a história e as técnicas do teatro de bonifrates e de sombras, este livro, deveras interessante, revela-se importante para a compreensão do papel desta arte como um dos mais ricos complementos de ensino, com provas dadas noutros países há mais de quarenta anos.

 


  
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