A PAIXÃO SEGUNDO JOSÉ SARAMAGO Conceição Madruga Profedições/ Campo das Letras pp. 143 Coragem de mulher apaixonada - elaborar uma tese de mestrado, académica por definição, com a inteligência da paixão. E também com a inteligência de, sem abdicar do rigor científico e da linguagem exigível a uma tese de mestrado, tornar acessível a todos uma leitura interpretativa da obra do escritor português mais lido na actualidade. (...) Para quem gostar de Saramago, para quem ainda não compreende Saramago, para quem tem de analisar Saramago, este é um livro fundamental para aprofundar gostos, ultrapassar incompreensões e ajudar análises. Com um rigor académico e uma paixão sedutora de uma leitora assumidamente seduzida, este é um livro para ler e reler com um gosto e um proveito muito especiais. Tal como a São Madruga afirma no final do seu livro, a propósito de Saramago, posso concluir do mesmo modo dizendo que 'lemo-la de uma forma apaixonada' porque de outro modo não pode ser abordado este estudo. (Do prefácio) PONTOS...POÉTICOS Jorge de Melo Universitária Editora pp. 95 'Esta obra de poemas à qual o autor apelidou de Pontos...poéticos, bem se poderia chamar o 'Livro da Inquietação', pois do princípio ao fim é uma espécie de escalpelo a depurar os sentimentos num auto de fé onde os versos se espiritualizam depois de macerados no cadinho da consciência. E então, brotam como se as palavras fossem água límpida duma fonte inesgotável que é a sinergia poética onde o vate vai beber. São versos a renascer das cinzas, como diz Jorge de Melo'. (Do prefácio) ESCRITO NO PEITO Cristina Henriques Edição da Casa dos Pobres/ Grupo de Arqueologia e Arte do Centro pp. 101 'Cristina Henriques soube traduzir, em poemas de fino recorte e de esclarecida sensibilidade, bem documentados, a 'paixão' que sente pela sua terra, procurando e conseguindo ser diferente e mais criativa na maneira como compreende a milenária Coimbra. 'Escrito no Peito' é um livro autêntico, duma sinceridade comovente, cujo título é já uma confissão, como uma flor desfolhada sobre um sacrário, que canta Coimbra e outras feridas, outros amores e outras saudades, onde os claros-escuros das fotografias que o ilustram, a grafia de um sonho de luz e sombra, porque é de sombra e luz que se tece o rumor das pegadas humanas no saibro do quotidiano'. (Do prefácio) GUIA DE MÉTODOS E PRÁTICAS DE FORMAÇÃO Edmond Marc e Jacqueline Garcia-Locqueneux, com a colaboração de Jean-Yves Arrivé Instituto Piaget pp. 567 Concebido e escrito por uma equipa de Professores Universitários, de consultores e especialistas, este guia dirige-se aos formadores, professores, animadores, directores de recursos humanos, consultores e quadros que têm de conceber, recomendar ou avaliar acções de formação. Destinatários que, pela primeira vez, num só volume, têm ao seu dispor, um resumo de teorias, métodos e instrumentos utilizados em formação. Apresenta as correntes de pensamento que desde há cinquenta anos, deram origem à maior parte dos métodos actualmente utilizados em formação. Um guia para aprender, comunicar, trabalhar em grupo, desenvolver o seu potencial, que propõe pontos de referência para situar e compreender; métodos para conceber e agir e instrumentos para elaborar, animar e avaliar acções de formação. PROGRAMAÇÃO E AVALIAÇÃO DESENVOLVIMENTAL NA PRÉ-ESCOLARIDADE E NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO Alberto B.Sousa Instituto Piaget pp. 207 A constituição da República Portuguesa (Artº 73º, 2) e a Lei de Bases do Sistema Educativo referem como objectivo da educação em Portugal o 'desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade...' (Artº 2º, 4). Trata-se de um objectivo que aponta para uma formação do SER, numa perspectiva que transcende a mera transmissão do SABER, envolvendo uma posição puerocêntrica e definindo um processo dinâmico de desenvolvimento holístico da pessoa. As programações escolares terão, necessariamente, que deixar de ser baseadas em formulações teóricas considerando todos os alunos como iguais, para aceitar e respeitar a sua individualidade, avaliando o desenvolvimento dos diferentes factores de personalidade de cada um, para a partir daí se formularem as programações objectivadas para as necessidades desenvolvimentais de cada criança. Esta avaliação é apenas uma observação, uma reflexão do professor sobre o comportamento desenvolvimental da criança, constituindo apenas uma avaliação global e subjectiva do seu desenvolvimento. 'Não se trata de testes psicológicos nem inquéritos sociológicos', adverte o autor. ENCONTRO DE AMOR NUM PAÍS EM GUERRA Luís Sepúlveda Edições Asa pp. 232 O presente livro reúne um conjunto de narrativas que se encontravam dispersas por edições há muito esgotadas ou que permaneciam inéditas nas gavetas do autor. Com a sua publicação, Luís Sepúlveda quis de certo modo 'encerrar' o capítulo da sua vida literária anterior a 'Um Velho Que Lia Romances de Amor', obra que, de um momento para o outro, em 1992, o transformou no caso mais sério da nova literatura latino-americana. A aventura e a política, o amor e a guerra, a viagem e a utopia, a ironia e o mistério: todo o mundo do autor, com as suas paixões e os seus temas (alguns, como o tema amoroso, presentes pela primeira vez com tanta intensidade), comparece neste notável livro de relatos, que vem confirmar a mestria do grande escritor chileno e a sua incontornável presença na primeira fila dos grandes contadores de histórias nossos contemporâneos. O MONGE E O FILÓSOFO - O BUDISMO HOJE Jean-François Revel Matthieu Ricard Edições Asa pp. 249 Porquê o sucesso crescente que o Budismo tem vindo a registar no Ocidente? Ninguém melhor que Matthieu Ricard, ao mesmo tempo intelectual ocidental e monge budista, para responder a esta questão, sobretudo se confrontado com seu pai, Jean-François Revel, um dos mais reputados filósofos franceses, agnóstico e avesso a todas as formas de metafísica. Nascido em França em 1946, Matthieu Ricard, depois de uma brilhante carreira científica no campo da biologia molecular, instalou-se na Ásia, em 1972, para aí seguir os ensinamentos dos seus mestres tibetanos. Tornou-se monge, estudou os textos sagrados e passou a acompanhar de perto o Dalai Lama. Em Maio de 1996, no Nepal, filho e pai, o monge e o filósofo, aceitaram dialogar sobre o 'fenómeno' budista, dando origem a este livro fundamental para compreender as razões que levam o ocidente, face ao declínio dos grandes sistemas filosóficos e das grandes utopias políticas, a sentir-se atraído por uma forma de sabedoria que é, simultaneamente, muito antiga e muito nova. AS ESCOLAS DO ENSINO BÁSICO COMO ESPAÇOS DE FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL Rui Trindade Porto Editora pp. 223 Neste livro discute-se tanto a natureza e a configuração de projectos de formação pessoal e social nas escolas do Ensino Básico, como a possibilidade de estas escolas se assumirem, hoje, como espaços capazes de contribuir para o desenvolvimento pessoal e social dos seus alunos. Neste sentido, abordam-se as limitações do paradigma tradicional relativo à educação escolar, explicitando-se as razões subjacentes à recusa dos seus pressupostos essenciais, para, em seguida, se discutir os diversos sentidos e as implicações educativas dos movimentos de inovação pedagógica que foram emergindo como alternativas a tal programa. Na sequência deste confronto evidencia-se, então, a relação de intimidade, incontornável, entre o desenvolvimento pessoal e social dos alunos, a qualidade e o sentido das aprendizagens escolares, a natureza da relação pedagógica que se observa nas salas de aula, as relações interpares ou o clima institucional e moral com que alunos, professores e outros actores sociais se confrontam no âmbito das organizações escolares. AUTONOMIA DAS ESCOLAS - UM DESAFIO Alfredo Gomes Dias, Ana Maduro da Costa e Silva, Conceição Alves Pinto e Isabel Hapetian Texto Editora pp. 96 O livro 'Autonomia das Escolas - Um Desafio', da autoria de Conceição Alves Pinto, Isabel Hapetian, Alfredo Dias e Ana Maduro, constitui o ponto de partida para uma reflexão sobre como e o que mudar na educação, garantindo-se uma plural e qualificada aglomeração de experiências obtidas por estes, ao longo da caminhada que desemboca na questão da autonomia. Testemunhos de experiências no âmbito dos Curriculos Alternativos e parcerias de Territórios Educativos de Intervenção Prioritária e a sua ligação à Associação de Escolas, são aqui apresentados, partindo-se da realidade social complexa e diversificada para um novo conceito, onde a reorganização administrativa, e sobretudo as relações entre Estado, Ministério, Escolas e Sociedade são fundamentais.
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