Planeta desflorestado. O Fundo Mundial para a Natureza revelou, recentemente, que dois terços da área florestal mundial já foram destruídos, advertindo que, se a desflorestação continuar ao ritmo actual, alguns países ficarão ‘carecas’ nos próximos 50 anos. Segundo um estudo daquela organização, as florestas tropicais continuam a ser destruídas a um ritmo de 17 milhões de hectares/ano, sensivelmente igual à destruição verificada nas zonas temperadas e nas florestas do norte do Canadá, da Europa, Rússia e Estados Unidos. "O mais assustador é que o ritmo de destruição das florestas acelerou incrivelmente nos últimos cinco anos e continua a aumentar", avisa Francis Sullivan, director da campanha lançada pelo FMN para salvar o que resta do ‘pulmão’ do mundo. O fundo apelou aos governos de todo o mundo para que, até ao ano 2000, estabeleçam uma rede internacional de áreas florestais protegidas, a qual que incluiria 10 por cento de todas as grandes florestas mundiais.

Estrela gigante. O telescópio espacial   identificou a que poderá ser a estrela mais luminosa de todas quantas são conhecidas — com uma dimensão correspondente ao diâmetro da órbita da Terra em torno do Sol, a "Estrela Pistola" (baptismo alusivo à forma da sua nubelosa) é 10 milhões de vezes mais potente que o Sol e encontra-se a cerca de 25 mil anos-luz da Terra. Datada entre um e três milhões de anos, é uma estrela jovem e, segundo os astrofísicos, deverá consumir-se dentro de igual período, explodindo e transformando-se numa supernova brilhante.

Internet eléctrica. A Northern Telecom (Canadá) e a United Utilities (Grã-Bretanha) anunciaram, em Londres, a descoberta de uma nova tecnologia que permitirá aceder à Internet através da rede de energia eléctrica, permitindo a transmissão de dados 10 vezes mais rápida do que actualmente e com custos mais baixos. Os potenciais utilizadores apenas precisarão de instalar uma pequena base de dados entre o computador pessoal e o contador da electricidade, ficando em conexão permanente — ou seja, não terão necessidade de se ligar de cada vez que pretendam aceder à rede.

Sem-Terra e sem roupa. Por ter posado nua para uma revista, a direcção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) proibiu Débora Rodrigues de participar nas acções do movimento, de utilizar os seus símbolos ou de falar em nome do MST. "A Sem-Terra mais bela do Brasil", como a anuncia a   brasileira, surge na capa da revista tal-qual veio, há 29 anos. "Em que pode ela prejudicar a imagem do MST?", questiona-se a sua agente, adiantando que "certos dirigentes fariam melhor em preocupar-se mais com a reforma agrária". O cachet de Débora — que, anteriormente, tinha concedido diversas entrevistas a relatar a dureza da vida nos acampamentos do MST — não foi revelado, mas terá sido superior aos 20 mil dólares que inicialmente lhe foram propostos.