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Ciência Abre Portas

O Governo está a negociar com as câmaras municipais a criação de uma rede de centros de ciência. "Fizemos um apelo às autarquias para que, em parceria com o Governo, criem centros interactivos de ciência nas várias regiões do país", afirmou a ministro da Ciência e Tecnologia em Santa Maria da Feira, onde participou na sessão de apresentação do Centro de Ciência do Europarque (Associação Industrial Portuense).

"A multiplicidade de pequenos centros bem enraizados localmente, ligados às escolas e associações locais, é a melhor maneira de contribuir para a divulgação científica em Portugal, para o apoio ao ensino experimental das ciências nas escolas e para a formação cívica, cultural e profissional dos jovens", defendeu Mariano Gago, que prometeu revelar novidades no dia 24 de Novembro (Dia Nacional da Cultura Cientifica), aquando da inauguração do Planetário do Porto.

Especialmente dirigido à população juvenil, o centro do Europarque deverá ficar concluído em Maio do próximo ano e será dedicado ao mundo das descobertas, distribuindo-se por seis salas de exposição, uma outra para demonstrações científicas, um auditório e uma zona verde, onde os previstos 400 mil visitantes anuais acederão a exposições temáticas e jogos científicos.

Segundo os promotores, "cada uma das sete áreas de exposição permitirá descobrir uma das facetas da exploração do Universo pelo Homem".

Assim, as cinco salas de exposição permanente mostrarão representações ou modelos científicos que abordam temas como a vida (Sala Mendel), a matéria (Sala Mendeleiev), a Terra (Sala Magalhães), o espaço (Sala Hubble) e a informação (Sala 0110).

A sexta sala acolherá exposições temporárias, sendo o espaço de demonstração científica especialmente vocacionado para o público escolar e famílias. O auditório será palco de um espectáculo multimédia sobre descobertas científicas, o qual pretende acentuar o contributo dos navegadores portugueses para o desenvolvimento do conhecimento.

Finalmente, o espaço natural prevê a instalação de jardins temáticos onde, segundo a AIPortuense, "será valorizado o património tecnológico, integrado num quadro paisagístico de cariz contemporâneo e representativo de uma sociedade virada para o futuro".

BIBLIOTECAS PARA TODOS EM 2005

30 milhões de contos, é quanto o Ministério da Cultura prevê gastar nos próximos oito anos para dotar todos os concelhos de uma biblioteca moderna e funcional. O anúncio foi feito por Manuel Maria Carrilho em Paredes de Coura, onde inaugurou o museu e o centro cultural locais.

"O ministério fez um plano de construção de bibliotecas que está a ser concretizado em parceria com as autarquias", afirmou Carrilho, adiantando que se encontram já em fase de concretização 63 projectos para a construção de novas bibliotecas.

Optimista, o ministro considera que "o país precisa de uma rede de bibliotecas capaz de satisfazer os anseios de leitura dos cidadãos" e garante que "a rede de leitura pública que está a ser criada tem os equipamentos e os fundos bibliográficos necessários".

CATÁLOGO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

O Ministério da Ciência e Tecnologia aproveitou a Feira do Livro de Frankfurt para lançar um catálogo de autores portugueses publicados em Portugal na área das Ciências Sociais e Humanas. Inédito no país, o catálogo refere-se às áreas de Antropologia/Etnologia, Linguística, Sociologia, Psicologia, História (49 por cento das publicações inventariadas), Ciência Política, Demografia, Economia/Gestão, Educação/Pedagogia, Filosofia e Geografia.

Elaborado por José Luís Cardoso, João Ferrão e Rui Santos, a publicação é bilingue (Português-Inglês) e apresenta-se em livro e CD-Rom — o livro contém 1.700 entradas, referentes a todas as obras da autoria de cientistas portugueses publicadas em Portugal no período 1986-96; o CD contempla, além das publicações, uma lista exaustiva das teses de doutoramento elaboradas por cientistas portugueses em universidades nacionais ou estrangeiras, ao longo da década.

Estudos recentes demonstram que, no panorama científico nacional, a área das Ciências Sociais e Humanas é a mais carenciada ao nível da divulgação para o exterior.


  
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