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Inquérito

pergunta

O que é ensinar e aprender numa sociedade mais solidária?


respostas

Iracema Santos Clara, 59 anos
Professora de Matemática,
destacada no Sindicato dos Professores do Norte

"Podemos ensinar e aprender numa sociedade mais solidária se todos os valores e todos os poderes, quer nacionais quer internacionais, se conjugarem de forma a construirem apoios, recursos físicos e humanos que conduzam a um desenvolvimento harmonioso e ambientalmente sustentado de cada indivíduo".

 

José Escaleira, 48 anos
Professor do ensino politécnico

"Quando se fala em solidariedade, deve ter-se em conta não só a escola como meio físico, mas também a comunidade. Quando se fala em solidariedade, deve ter-se em conta a relação com tudo o que se passa à volta dela, evitando, por um lado, que a escola seja absorvida por grupos que a ultrapassam e que dão aos nossos jovens alternativas que a escola, infelizmente, ainda não conseguiu dar. Se calhar a escola vai ter de reaprender o que é a solidariedade e repensar a sua actuação".

 

Mário João Ribeiro, 39 anos
Professor de Geografia

"É uma pergunta complicada, porque ensinar a solidariedade numa sociedade muito competitiva é difícil. Principalmente quando se ensina no secundário, em que grande parte do carácter do aluno já vem formado a partir da escola e do agregado familiar. Mas ensinar numa sociedade mais solidária implica, essencialmente, ensinar um conjunto de grandes valores.
Mas não sei se a nossa escola será assim tão solidária quanto queremos acreditar. Apesar de não marginalizar ostensivamente aqueles que são marginalizados socialmente, não sei se consegue ensinar aos alunos a transferir para o exterior os valores da solidariedade e da tolerância. Os alunos acabam por entender estes valores como mais um objectivo programático e muitas vezes não o praticam".

 

Laudemira Madureira, 51 anos
Professora do ensino especial

"É sempre difícil transmitir esta ideia em palavras. No fundo, ensinar e aprender numa sociedade mais solidária é estarmos ao dispôr dos outros e tentar dar-lhes o melhor de nós mesmos, para que aqueles que estão ao nosso cuidado possam crescer como pessoas e cidadãos e que sejam úteis a si próprios e aos outros".

 

Adelaide Arantes, 41 anos
Educadora

"Como educadora temos de saber acarinhar as crianças, compreender os seus problemas e os da sociedade. Quando se consegue superar esses problemas, que é o nosso caso, realizamo-nos profissionalmente e sentimo-nos úteis socialmente. Se conseguimos ou não, as crianças um dia o dirão".


  
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Edição:

N.º 90
Ano 9, Março 2000

Autoria:

Redacção

Redacção

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