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Juiz ordena 18 prisões por crimes de lesa humanidade na ditadura argentina

JUSTIÇA

O juiz federal Sérgio Torres ordenou a prisão e 18 pessoas acusadas de crimes de lesa humanidade, que actuaram na Escola de Mecânica da Armada (ESMA) durante a última ditadura argentina (1976/83), informou uma fonte do tribunal.
São 15 marinheiros, um funcionário e dois policiais, entre eles Juan Carlos Fotea, que no ano passado foi extraditado da Espanha.
Torres solicitou as prisões dentro do chamado 'megaprocesso ESMA', que investiga as violações dos direitos humanos na escola naval. A ESMA era um dos maiores centros de detenção do regime militar, por onde passaram cerca de 5.000 prisioneiros, dos quais apenas cem sobreviveram.
A partir do processo já foram detidos e acusados quase vinte oficiais da Marinha, entre eles o ex-capitão Alfredo Astiz, conhecido como "O Anjo Louro da Morte". Astiz cumpre prisão preventiva à espera de um julgamento em Buenos Aires, e sobre ele pesam acusações de outros tribunais por crimes de lesa humanidade, como o assassinato das freiras francesas Leonie Duquet e Alice Domon.
Em 1990, Astiz foi condenado à revelia por um tribunal de Paris pelo sequestro e desaparecimento das religiosas. Na última ditadura argentina desapareceram 30.000 pessoas, segundo dados de organizações humanitárias.

AFP


  
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Edição:

N.º 177
Ano 17, Abril 2008

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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