VIOLÊNCIA
Os presidentes dos países da América Central reuniram-se recentemente em Tegucigalpa, capital das Honduras, para debater uma política que consiga travar o avanço dos bandos juvenis na região, contra os quais fracassaram tanto as medidas sociais como as políticas repressivas. Estima-se que entre 40 e 250 mil jovens centro-americanos integrem as denominadas "maras", uma espécie de irmandade do crime onde os elementos encontram o afecto que não existe nas famílias, mas descobrem também o caminho da violência e das drogas. Numa região onde 70% dos 34 milhões de habitantes vive na pobreza e na marginalidade, as "maras" proliferam. Alguns dos líderes são jovens deportados dos Estados Unidos, onde aprenderam a técnica dos ?gangs? e a trouxeram para os países de origem. Em 2003, os governos das Honduras, El Salvador e Guatemala aprovaram duras medidas destinadas a encarcerar os jovens membros da violenta Mara Salvatrucha (ou Mara 18), havendo suspeitas de duas matanças perpetradas por esquadrões da morte em duas prisões hondurenhas.
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