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Descoberta de ossos de animais reforça uma nova teoria

MIGRAÇÃO HUMANA

Recentes descobertas de ossadas de ursos, cabras montanhesas e outros animais na costa oeste do Canadá têm reforçado uma nova teoria sobre a forma como os seres humanos migraram da Ásia para a América do Norte. Os investigadores acreditam que os primeiros hominídeos chegaram à América do Norte há cerca de 16 mil anos em embarcações feitas de peles de animais e não a pé pelo corredor a leste das Montanhas Rochosas, como se acreditava anteriormente.
Os investigadores da Universidade Simon Fraser, em Burnaby (Columbia Britânica), afirmam que o osso completo do tornozelo de uma cabra e ossadas de urso encontrados em cavernas separadas no lado noroeste da Ilha de Vancouver e nas Ilhas Rainha Charlotte provam que havia um ecossistema diverso no local há 16 mil anos capaz de sustentar grandes animais e populações humanas numa época em que a região estaria supostamente coberta de gelo. Os arqueólogos descobriram também ossadas de salmão, sapos, pardais, martas e arganazes, num total de mais de quatro mil fragmentos.
"A maioria das pessoas acreditava que a Columbia Britânica era bastante estéril e inóspita, similar à Gronelândia, mas o material que encontramos indica que a costa era um meio ambiente bastante produtivo e poderia possibilitar a sobrevivência de pessoas nesta área, disse o geólogo Brent Ward, que liderou a expedição à Ilha de Vancouver.
A teoria convencional sustenta que os primeiros humanos chegaram ao continente há mais de 12 mil anos, atravessando uma "ponte" de terra entre a Sibéria e o Alasca, que depois foi submersa. Acredita-se que eles tenham seguido uma presa por um estreito caminho através da província de Alberta, no sul do glaciar que cobriu todo o Canadá, chegando ao norte dos Estados Unidos. Depois, povoaram o resto das Américas, deixando para trás traços da sua existência na Ilha San Miguel, na Califórnia, em Clovis, no Novo México e em Monte Verde, no Chile.


  
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Edição:

N.º 130
Ano 13, Janeiro 2004

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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