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Produção e consumo de cocaína aumenta no mundo

Apesar de a produção mundial de cocaína ter diminuído sensivelmente ao longo deste ano, esta droga continua a ser uma das principais dores de cabeça para a Agência das  Nações Unidas contra a Droga e o Crime (ONUDC). Entre os três maiores países produtores estão a Colômbia - responsável por 75% do volume em circulação -, a Bolívia, que representa actualmente menos de um décimo da produção mundial, e o Peru, que, mesmo estando no terceiro lugar, conseguiu reduzir em 60% os cultivos de folha de coca em relação a 1995.
Para a ONU, o grande problema continua a ser mesmo a Colômbia, onde a produção de cocaína quintuplicou entre 1993 e 1999, apesar de, em 2002, pelo segundo ano consecutivo, ter reduzido a superfície cultivada de 145.000 para 102.000 hectares. No Peru, existiam ainda 52.500 hectares de coca no final de 2002 e na Bolívia, depois de uma diminuição constante entre 1996 e 2000, a superfície aumentou 23% pelo segundo ano consecutivo, estimando-se em 24.400 hectares. Em todo o mundo, a superfície cultivada passou de 211.000 para 173.000 hectares no final de 2002, o que representa uma redução de 18%.
Por outro lado, e apesar do desmantelamento de laboratórios um pouco por todo o mundo, o mercado de drogas sintéticas, como as anfetaminas e o ecstasy, continua a crescer. A Europa, com a Holanda, a Polónia e a Bélgica na frente, continua a ser o centro mundial de produção, que também aumentou nos países de leste.
No total, cerca de 200 milhões de pessoas consomem drogas em todo o mundo, sendo que 163 milhões usam erva e derivados, 34 milhões anfetaminas, 8 milhões ecstasy, 14 milhões cocaína e 15 milhões opiáceos. Segundo a ONU, no lado dos consumidores, existem sinais positivos no abrandamento do consumo, já que nos Estados Unidos, para onde se dirige a maior parte da oferta, o número de consumidores tende a estabilizar. No entanto, o uso de cocaína aumenta na América do Sul e os traficantes de droga encontraram novos mercados na Europa, onde as apreensões duplicaram entre 1998 e 2001.


  
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Edição:

N.º 126
Ano 12, Agosto/Setembro 2003

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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