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Inquéritos

1. A política internacional do Governo Americano é:

- positiva
-
negativa

O governo de Bush é nazi-fascista

A política do governo de Bush, no essencial, não se distingue da de Hitler. O ditador alemão considerava o povo alemão como um povo superior a quem assistia o direito de dominar e de impor a sua vontade a todos os povos. Considerava o uso da força como um recurso legitimo para impor as suas ideias e os seus interesses. Tratava todos os outros povos como inferiores. Considerava ser possuidor da verdade absoluta. Ora, actualmente, Bush e os que o rodeiam têm estas mesmas características. O governo americano também se considera superior e sujeito de todos os direitos e julga-se com o direito de impor a sua vontade e os seus interesses aos outros povos. Por isso o governo de Bush é um governo nazi-fascista.

António Teixeira 

Um perigo para a humanidade

A actual política do governo de Bush é extremamente perigosa para o mundo. Os EUA possuem as armas de destruição maciça mais perigosas do mundo. Também possuem armas químicas em abundância. Os membros do governo americano, a começar pelo presidente, são loucos e desequilibrados.
Este governo é uma enorme ameaça para toda a humanidade.

Adão Preto 

"Pax americana"

O 11 de Setembro abriu uma porta para a prepotência americana se impor com o maior despudor. Devido à brutalidade e estupidez do terrorismo fascista e anti-semita dos palestinianos e seus fanáticos seguidores, temos agora que aguentar a barbárie toda poderosa dos americanos.
Acrescente-se um anti-comunismo primário a recordar constantemente os crimes de uma União Soviética que já não existe (mas que equilibrava o xadrez geopolítico internacional impedindo a ideologia expansionista da direita norte-americana)e temos todos os ingredientes para se estabelecer uma "pax americana" à qual todos temos de nos sujeitar.

Paulo Frederico Gonçalves 

2. No quadro das relações internacionais a ONU:

- continua a ter importância
- já não tem importância

A ONU é Indispensável

Os Estados Unidos da América querem assumir o papel de império. Não estão por isso interessados em nenhuma organização que, melhor ou pior, obrigue à partilha de pode. Não estão, por isso, interessados na ONU.
Algumas pessoas criticam a ONU dizendo que esta não funciona. Ora a ONU é o que os países quiserem que seja. Se não funciona, o problema não está na organização mas nos países que a constituem. Cabe aos países perder o medo ao império e desenvolver políticas que conquistem as opiniões públicas do mundo. Os que ficarem de fora ficarão fora da lei.
Deve rever-se o funcionamento do Conselho de Segurança. Já não faz sentido haver 5 países com direitos especiais. O Conselho de Segurança deve ser rotativo e em vez de 15 membros deve passar a ter um número maior (25/30, por exemplo). Deste modo será mais difícil manipular os países representados. Deve haver decisões por maioria simples e em casos de maior complexidade (declarações de guerra, por exemplo) deve ser necessária uma maioria de dois terços.
A organização continua a ser indispensável. Só não será se aceitarmos o regresso à lei da selva.

Sandra Almeida 

Um mundo gerido por todos

Mesmo quando o mundo não estava globalizado, já os povos sentiam necessidade de terem um lugar, onde pudessem discutir os seus problemas e os problemas do mundo. Agora que o mundo está globalizado, essa necessidade é ainda maior.
Actualmente os problemas de locais rapidamente se transformam em mundiais. Veja-se o caso agora da gripe que tendo aparecido (ao que se julga) na China, rapidamente se espalhou pelo mundo. A SIDA é também um problema mundial.
Quando leio na nossa imprensa afirmações de indivíduos que põem em causa a necessidade da ONU, que profetizam a sua falência e que afirmam (na prática) o direito de um só Estado governar o mundo, sei que estou perante loucos ou idiotas. O problema é que estes idiotas têm aceitação pública.

Joel Ferreira 

3. As escolas frequentadas por menos de 5 alunos devem:

- encerrar
- manter-se em funcionamento
- tenho dúvidas sobre a melhor solução

Escolas com 5 alunos

Não conheço o mapa do 1º ciclo do E.B., o que seria imprescindível para responder a esta pergunta, mas penso que uma escola com 5 alunos pode ser altamente rentável, se para além de servir essas crianças, utilizar as suas estruturas em projectos como a alfabetização de adultos e outros programas adequados à localidade. É claro que quando falamos de rentabilidade, cada um tende a medi-la na sua escala de valores.

Manuela Coelho 

Neo-obscurantismo

Para onde vão os cinco alunos caso a escola encerre? Haverás escolas perto, transportes acessíveis? Os direitos fundamentais medem-se pelo número, pela quantidade, serão meramente mensuráveis? Espero que a mentalidade obsoleta da nossa ministra das finanças não faça lei ou regra e tudo passe a ter uma tradução em dinheiro. Há coisas na vida que não têm preço: a Educação é uma delas. Por se pensar o contrário estamos na situação em que estamos. Será que esta ideologia de mercado que o governo nos quer impingir não pode ser efectivamente contestada? A não haver crítica, estou em crer que corremos cada vez mais o risco de sermos coniventes com novas formas de totalitarismo, camuflado num pseudo-elitismo esclarecido, cuja presunção atesta bem da sua real insignificância. Mas a ignorância dos que nos querem impor o pensamento único é a sua melhor arma, pois tudo querem alinhar pelo obscurantismo das suas mentes.

Paulo Gonçalves 

Uma solução mista?

A minha preocupação centra-se sobre a socialização das crianças. Para crescerem felizes as crianças precisam de conviver com outras. Na aprendizagem, é também essencial que as crianças conheçam e convivam com outras de idade semelhante.
Tenho dúvidas sobre a melhor solução, visto que ao fechar a escola estão a retirar o último bem cultural da aldeia.
Por outro lado, manter a escola, sem mais, pode significar obrigar estas crianças a viver só com adultos.
Uma solução intermédia seria criar um agrupamento, numa das aldeias, onde se deslocassem estas crianças das pequenas escolas, dois ou três dias por semana, sendo que nos restantes dias trabalhariam nas suas pequenas escolas. Sendo a solução mais cara parece-me ser a melhor para as crianças e para as pequenas comunidades a que pertencem.
Em qualquer dos casos os professores destas pequenas escolas não podem apenas restringir o seu trabalho ao ensino das poucas crianças que têm. Julgo que devem desempenhar na aldeia um papel cultural virado também para o conjunto dos habitantes da aldeia e para os seus interesses.

Sofia Belchior 

4. A questão mais preocupante é:

- as turmas terem demasiados alunos
- existir muita indisciplina na escola
- os professores serem pouco competentes
- a actividade lectiva ser muito monótona
- a direcção da escola ser desagradável
- os docentes terem demasiado trabalho burocrático
- a carreira docente ser demasiado longa
- a instabilidade profissional ser muito grande
- os professores ganharem pouco
- a política do ministério da educação ser incompetente

Precisamos de competência governamental

Todas as questões referidas no inquérito são preocupantes. Mas a questão maior é a da incompetência do Ministério da Educação. Se este tivesse uma política competente, os outros problemas podiam ser memorizados e até se iam resolvendo. Acontece que para além de umas frases soltas e algumas afirmações e manifestações de intenção descabidas, este ministério nada mais tem feito.
Um ano depois da mudança de governo, estamos pior do que estávamos. E ao fim de um ano o ministério parece completamente exausto.
Triste vida!

André Rocha 

Tirem-nos deste lamaçal!

O mais preocupante é que escolas e professores vivem numa espécie de purgatório. Hoje a escola se não é o Paraíso também não é o Inferno. Não é uma coisa nem outra. É um compasso de espera. Espera-se que a escola saia do lamaçal onde caiu. Mas ninguém a tira de lá. A escola tem de mudar. Mas ninguém é capaz de a mudar. Definitivamente nada temos a esperar do actual ministério. Os secretários de Estado são inexistências. O ministro, blá, blá, blá, blá, blá?.
Uma lástima. O lamaçal vai ser cada vez mais lamaçal. E nós de cá para lá e de lá para cá. Cada vez mais presos à lama!
Por favor dêem-nos outro governo. Este é uma seca.

João Pedro

  
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Edição:

N.º 123
Ano 12, Maio 2003

Autoria:

Redacção

Redacção

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