Educação inacessível para dezenas de milhões de crianças africanas
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De acordo com um relatório do Instituto de Estatísticas da Unesco, publicado em meados de Abril, a Educação é ainda um bem inacessível para dezenas de milhões de crianças da África sub-sahariana, e apenas uma pequena percentagem dos que chegam à escola recebe uma formação completa de nível básico.
Assim, segundo este relatório regional (respeitante a 49 países e reagrupando diversos dados estatísticos nacionais e internacionais recolhidos entre 1998 e 1999), a frequência do pré-primário não abrange senão uma criança em cada dez - cerca de 4 milhões - e a escolarização básica beneficia apenas 60% das crianças, sendo, além disso, fonte de fortes disparidades (26% no Níger contra 93% nas Ilhas Maurícia, por exemplo). O documento estima ainda que existam cerca de 38 milhões de crianças privadas de educação básica, 60% delas vivendo na África Ocidental e Central. O ensino secundário continua também pouco generalizado, com uma taxa de frequência de apenas 19%. Em alguns países, como o Burkina Faso, o Chade, a Guiné-Bissau, Moçambique e o Níger, a taxa é inferior a 10%.
Analisando o total dos países representados, a média é de 40 alunos por professor,
mas ainda assim com grandes variações já que em países como Moçambique, Uganda,
Chade, Mali e Congo a média nacional é de 60. O relatório refere ainda alguns
números sobre a formação dos professores (para os quais apenas 26 países forneceram
dados). Em metade destes, cerca de 20% dos docentes nunca recebeu formação. Quanto
ao investimento no sector educativo os resultados mostram igualmente alguma dísparidade,
indo do 1% do Produto Interno Bruto da Serra Leoa, aos 10% do Zimbabwe e aos 12%
do Lesotho.
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Ficha do Artigo
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Edição:
Ano 11, Maio 2002
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Autoria:
Agence France-Presse
Agence France-Presse
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