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Livros

A afectividade e a Metacognição na Sala de Aula

Louise Lafortune
Lise Saint-Pierre

Instituto Piaget
pp. 294

Os trabalhos de Louise Lafortune propõem modelos práticos de intervenção, facilmente utilizáveis na sala de aula e permitindo agir sobre determinados factores afectivos, como a motivação, a confiança em si mesmo e a ansiedade, particularmente na altura dos testes. Quanto aos trabalhos de Lise Saint-Pierre, o seu interesse reside no facto de visarem o aperfeiçoamento dos métodos de trabalho dos alunos fracos em Matemática, graças ao ensino de estratégias cognitivas e metacognitivas.
Para além de sensibilizar os professores de que é possível e mesmo recomendável intervir sobre as dimensões afectiva e metacoginitiva da aprendizagem, a presente obra proporciona-lhes a oportunidade de fazerem a sua experiência, graças a um material didático importante e documentado, que oferece um suporte verdadeiramente excepcional àqueles que, por todo o tipo de razões, consideram difícil intervir na sala de aula sobre essas dimensões.


Educación y Conflicto
Guía de educación para la convivencia

Xesús R. Jares

Editorial Popular (Madrid)
pp. 239

A nossa cultura teve e tem uma inequívoca relação negativa com o conflito. Esta leitura negativa condiciona em boa medida o processo educativo. Apesar disso, o conflito faz parte da vida e afecta todos os âmbitos da nossa existência. Por isso, não podemos pretender que a educação ocorra sem conflitos, nem que os mesmos resultem necessariamente de uma forma negativa. Assim, será bom que nos ocupemos do seu significado, das causas que o provocam, das estratégias mais adequadas para uma resolução positiva dos mesmos. Enfim, para compreender as diferentes possibilidades educativas que se nos apresentam. Concretamente, no plano didático, aborda-se o conflito em quatro planos básicos complementares: como forma de sensibilização ante determinadas situações; como mecanismo avaliador do progresso de grupo, colectivo ou institucional; como recurso para a aprofundação democrática; e como objectivo educativo em si mesmo, no sentido de desenvolver as nossas competências para afrontá-lo de forma positiva.


Imprensa, Rádio, Televisão
Poder sem responsabilidade

James Curran
Jean Seaton

Editorial Piaget
pp. 473


Esta obra é uma introdução clássica e autorizada à história, sociologia, teoria e política dos media e é uma leitura obrigatória para os estudantes e professores de estudos sobre media e comunicação, para além de um guia essencial para todos os que estão envolvidos na sua produção e consumo.
Esta obra encontra-se bem actualizada relativamente aos novos desenvolvimentos da indústria, novas tecnologias e alterações nas análises políticas e académicas dos media. Entre outros temas deste livro destacam-se os que revêem de modo crítico o debate sobre a globalização mediática, dissecam a separação ocultável esquerda-direita sobre a sua política e propõem um manifesto radical para a sua reforma. Os autores também oferecem novos conhecimentos sobre a história recente dos media, levam os leitores através de uma descrição revista das teorias respectivas e revêem o que a revolução das comunicações tem guardado para nós.


Estudantes do Ensino Superior no Porto
Representações e práticas culturais

António Teixeira Fernandes (coord.)

Edições Afrontamento
pp. 389


As práticas e representações sociais dos estudantes do ensino superior no Porto são objecto da presente investigação. Tratando de forma integrada uma diversidade de áreas (ensino, residência e relacionamentos, actividades de tempos livres, consumos culturais, representações sobre a cidade, representações face ao ambiente, participação associativa, política e eleitoral, representação face à família, representações face à sexualidade, representações face à toxicodependência, relação com o campo profissional/económico, representações face à religião e representações face à política), foi possível ensaiar a construção de perfis de comportamentos e de aspirações, caracterizando os estudantes e enquadrando as suas origens e vivências.


A Construção Política da Educação
Estado, mudança social e políticas educativas no Portugal Contemporâneo

António Teodoro

Edições Afrontamento
pp. 473

Nesta obra analisa-se o processo de construção da escola para todos no Portugal contemporâneo, interrogando as políticas de educação nas suas relações com as mudanças sociais e as formas de Estado, e procurando estabelecer um quadro intelígivel para a actual situação educativa.
Na primeira parte, a partir do conceito de construção retórica da educação, analisam-se os meios financeiros que o Estado colocou à disposição do desenvolvimento da instrução popular e da educação, defendendo-se que a construção da modernidade se fez, até ao último quartel do século XX, com uma persistente subalternidade do financiamento estatal da educação, mesmo nos períodos de maior crescimento económico e de estabilidade financeira.
Na segunda parte, procede-se à análise das políticas educativas no período temporal que medeia entre o pós-guerra e a adesão do país à Comunidade Europeia, estabelecendo uma periodização em quatro momentos, começando pela análise da nova linha de rumo que esteve no cerne da viragem das políticas educativas do Estado Novo, até à abordagem última da forma como o desafio europeu se tornou fonte de um novo mandato para as políticas de educação, progressivamente centradas na prioridade a atribuir à formação de mão-de-obra qualificada e à aprovação de uma lei de bases, entendida como ponto de partida para uma reforma global do sistema de ensino.


As Populações do Mundo

Pierre-Jean Thumerelle

Editorial Piaget
pp. 403

"Quase sempre... o fenomenal ou a ética eclipsam as questões demográficas de fundo", salienta, na introdução, Thumerelle, que acrescenta: "de gerais, as questões da população tornam-se... regionais" Estas duas frases dão-nos a chave de organização desta obra. Com efeito, se aqui encontramos uma exposição de grandes temas e tendências convergentes da população mundial (a transição demográfica, a urbanização) a sua originalidade fundamental encontra-se no lugar que o autor dá à análise das evoluções inversas: as que conduzem à amplificação das nuances e dos contrastes que geram a diversidade e a divergência das situações actuais.


Como as Crianças Aprendem as Ciências

Jean-Pierre Astolfi
Brigitte Peterfalvi
Anne Vérin

Editorial Piaget
pp. 309

O ensino das ciências voltou a ser objecto de interesse e de preocupação e este livro propõe-se descrever os problemas com que ele se depara actualmente e propor vias para a sua renovação. Na escola primária, há muito que as ciências são o parente pobre, em consequência da reduzida formação de muitos professores neste domínio e do desencorajamento consecutivo das longas controvérsias, frequentemente estéreis, à volta das actividades destinadas a despertar a atenção das crianças. No início do ensino secundário, são pouco mais favorecidas, por razões diferentes, que vão desde a supressão da Físico-Química nos 5º e 6º anos à degradação das condições do ensino da Biologia-Geologia, nomeadamente nas suas dimensões manipulatória e experimental. As coisas começam hoje a ter outra dinâmica, à qual não são estranhos o Prémio Nobel de Georges Charpak bem como os novos projectos ministeriais.


  
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Edição:

N.º 108
Ano 10, Dezembro 2001

Autoria:

Redacção

Redacção

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