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Livros


TEORIAS E PRÁTICAS DA FORMAÇÃO

Contributos para a reabilitação do trabalho pedagógico

Manuel Santos e Matos

Edições Asa
pp. 320

Concebido e desenvolvido num tempo social e profissional dominado, discursivamente, pela urgência taumatúrgica da intervenção formativa, o trabalho que se apresenta propõe-se contribuir para a desconstrução de certas evid~encias que, por o serem, tendem a impedir o questionamento dos processos de formação e, em consequência, a bloquear outras vias de desenvolvimento. Com este intento, foram as práticas de formação sujeitas a um processo analítico e crítico, onde o que se torna relevante é o ponto de vista da formação.
este ponto de vista permite questionar as práticas profissionais em educação e formação a partir de uma racionalidade epistemológica geneticamente orientada, cujas matrizes "ontológicas" se reconhecem, segundo uma imputação sócio-historicamente argumentada, em três instâncias de legitimidade, dadas como pré-instituídas: a da transcendentalidade do Estado, a da imperatividade tecnológica e a da projectualidade emergente, a que correspondem modelos teóricos a que correspondem modelos teóricos hegemonizantes: o instrucionismo centralista e estadocrático, o dictatismo tecnocrático e a pedagogia projectocrática.
Mobilizando contributos teóricos e metodológicos oriundos da área das ciências sociais e humanas (nomeadamente da História, Filosofia, teoria do Currículo, Teoria da Cognição Social e Pragmática da Comunicação), o trabalho propõe-se a ser uma reabilitação da pedagogia como um acto de construção mútua e solidária, possível apenas quando se exerce ou recupera a consciência de que se aprende mais com os erros próprios que com as soluções alheias...

 

EVOLUCIONISMO E EDUCAÇÃO

A filosofia da educação no positivismo evolucionista de Herbert Spencer

António Joséde Oliveira Guedes

EdiçõesAsa
pp. 160

O objectivo deste trabalho é mostrar as consequências de uma filosofia da educação à luz do positivismo evolucionista de herbert Spencer. A vertente educacional que desenvolveu não pode ser desligada da obra pluridimensional que criou. A noção de sistema domina-o, tendo elaborado, a partir do conceito da evolução, uma das mais completas sistematizações da filosofia positivista. Elege como princípio fundamental a lei da evolução, sendo a partir dela que percorre todas as esferas do ser humano nas suas múltiplas vertentes: homem, sociedade, cultura e mundo. Procura-se mostrar as diferentes manifestações do princípio da evolução nos domínios da biologia, psicologia, sociologia, política e ética.
O seu pensamento globalizante, de matriz positivista e evolucionista, teve também repercussões nas questões educativas. Por isso, procura-se não só mostrar a tendência científica da educação, entendida como processo evolutivo que orienta a vida natural e social, bem como clarificar os objectivos que se propõe tal sistema de ensino - uma educação utilitária ao serviço do liberalismo. Por isso, critica de forma contundente quer a abordagem desproporcionada dos conteúdos quer os processos didáticos de transmissão do saber. Proceder a uma nova hierarquização dos conhecimentos para fundamentar um novo sistema de ensino, à luz de uma educação pela natureza, é o que propõe o autor.

 

A ECONOMIA AO SERVIÇO DE VIDA

Crise do capitalismo - uma política de civilização

Henri Bartoli

Instituto Piaget
pp. 471

Esta obra nasceu de uma reflexão sobre a natureza profunda da economia suscitada pela experiência da acção no meio operário, a tomada de consciência dos dramas da pobreza e da exclusão, mas também dos problemas do subdesenvolvimento. O autor esforça-se por aclarar os eixos de uma política de civilazação suceptível de responder aos desafios deste tempo: integração da economia e do social, governação da economia, a construção de uma nova ordem internacional. A obra de H. Bartoli não se limita a uma constatação proibindo ao capitalismo "virtuoso" qualquer triunfalismo. Procede a um regresso aos princípios , num tempo em que a extensão das paradas e a complexidade do mundo e das suas representações revelam sempre mais a inutilidade social de um pensamento económico "ortodoxo", esquecido do seu objecto e manipulado sem escrúpulos nas refregas políticas mais confusas. Pluridimensional, complexa, indissociável da ética, a economia não tem por objectivo primeiro produzir bens e serviços, acumular capitais, realizar lucros, mas obra de vida, servir a vida e a conquista pela espécie humana do seu estatuto de humanidade num mundo que ela descobre e inventa ao mesmo tempo que se descobre e inventa a si mesma.

 

JORNALISMO E VERDADE

Para uma ética da informação

Daniel Cornu

InstitutoPiaget
pp. 468

O estabelecimento e o respeito de e por uma ética da informação são hoje, cada vez mais, necessários e prementes. diversas iniciativas foram lançadas ao nível da profissão e em algumas empresas com o fim de melhorar a regulamentação de uma actividade de altos riscos. Mas a deontologia do jornalismo continua por definir: os textos de referência estão ultrapassados ou incompletos, os órgãos de controlo estão desprovidos de qualquer poder constrangedor, e a lógica comercial dos media continua a ser mais forte. Como restituir ao jornalista a sua responsabilidade de indivíduo numa informação respeitadora dos factos e das pessoas? Como restaurar a função crítica de um jornalismo emissário das expectativas do mundo?
Nesta obra fundamental, escrita por um homem da profissão, estas questões colocam em cena a históriacontemporãnea das liberdades das quais o jornalismo continua um defensor frágil e indispensável.

 

FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Da racionalidade instrumental à acção comunicacional

José Alberto Correia
Amélia Lopes
Manuel Matos

Edições Asa
pp. 80

Tal como no início dos anos sessenta, este final de século parece ser marcado pelo regresso do mito da formação contínua. este regresso não é, no entanto, uma mera reposição de uma problemática originariamente associada ao usufruto de um direito reivindicado, originariamente associada à promoção da cidadnia, ao desenvolvimento da qualificação dos indivíduos e ao usufruto do seu direito à mobilidade social.
Neste final de século, o acesso à formação contínua parece ter deixadop de ser um direito reivindicado, para, num primeiro momento, se tornar num dever, numa imposição resultante da necessidade de assegurar a adaptação dos indivíduos às transformações tecnológicas e, num segundo momento, para se converter num poderoso dispositivo de regulação social, por vezes, num suplício que se é compelido a suportar para dissimular o percurso que conduz à exclusão profissional e social. A formação já não é, por isso, associada apenas à cidadnia e à qualificação, mas desempenha um importante papel simbólico na gestão da "questão social".

 

ENSINAR A ESTUDAR
APRENDER A ESTUDAR

Armanda Zenhas
Carla Silva
Carlos Januário
Cláudia Malafaya
Isabel Portugal

Porto Editora
pp. 160

Este manual pode ajudar a resolver os vários problemas diagnosticados e está organizado de uma forma prática e de fácil utilização - as fichas são fotocopiáveis. É fruto de um trabalho colectivo de quatro anos sobre um programa de desenvolvimento de competências de estudo. Professores de disciplinas tão distintas como o Português, o Inglês, as Ciências da Natureza, a matemática e a educação Física, aplicámos este programa de forma sistemática em várias situações e contextos: na sala de estudo e no estudo acompanhado, nas próprias turmas, no âmbito da actividade lectiva, e em cursos e acções de formação contínua para professores do ensino básico.


  
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Edição:

N.º 89
Ano 9, Março 2000

Autoria:

Redacção

Redacção

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