Poesia (1), o caso do mamute (2) e uma entrevista (3) esta com dedicatória especial a todos os que com amor se dedicam à nobre tarefa do discurso do poder: 2+2=5; 2+2=22; 2+2= V-1: sem vós que seria de tudo?
(1) Quantas vezes nos exploram e entramos no ringue já vencidos (os dados foram pesados cá fora). Fazemos o caminho sem saber que nele estamos. Ainda assim temos saudades do percurso sem percebermos o que caminhámos e que continuam a faltar passos até ao fim... (2) Como estrelas, classificadas de O a M. Delas disse um entendido: "Oh, Be A Nice Girl, Kiss Me." Até hoje, no Triácico, no Jurássico, no Cretáceo, os maiores devoraram sempre os menores. Monótono? Inúmeras espécies desapareceram nessas lutas; o elefante está ameaçado. Mas na Sibéria apareceu recentemente mais um mamute congelado. Existem grandes esperanças em fazer voltar à vida tais seres, pela manipulação genética. É bem possível este triunfo. Ficaremos contentes. Os mamutes reconstruídos compensarão todos os que foram destruídos. (3) Uma entrevista: Revista Visão, nº 348, 11 a 17 de Novembro de 1999, pp. 118-119, "Artur Jorge: ?Euro em Portugal é bom para a Europa ?." Visão: Os supersalários dos jogadores são justificáveis de um ponto de vista daquilo que produzem? Artur Jorge: Eu gostava que eles ganhassem mais. Se calhar não estou a ser justo naquilo que estou a dizer, porque gosto muito de futebol. Visão: Ganharem ainda mais? Artur Jorge: Não estou contra. O futebol é um grande espectáculo e um grande negócio. As pessoas mais fortes, normalmente, ganham mais do que as outras. Tenho alguma dificuldade em dizer se ganham de mais ou de menos. Toda a gente faz por ter futebol. Tudo isto é muito importante para as pessoas e para os países. Mesmo sem chegar para já ao que se passa no básquete americano, os melhores jogadores de futebol vão ganhar cada vez mais." Quero deixar claro que não se pretende neste humilde artigo incluir o treinador de futebol Artur Jorge entre os que praticam o que identifico como "discurso de poder". A transcrição de parte desta entrevista concedida a Pedro Vieira nem sequer tem relação com o texto que assino - cada um faz o que pode - com o salário que tenho é o que se arranja. Carlos Alberto Mota, UTAD, Vila Real.
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