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Livros

AVALIAÇÃO DE ESCOLAS
Abel Paiva da Rocha
Edições Asa
pp. 158

As profundas alterações económicas, tecnológicas, sociais e culturais, quer nacionais quer internacionais, a que temos assistido, exigem novos conceitos de organização e do seu funcionamento. A sensibilidade das organizações às mudanças e dinâmicas do seu meio, a capacidade de resposta rápida e adequada, a atenção ao factor humano no que ele tem de mais profundo e autêntico (aliberdade e a criatividade), a construção de atitudes e comportamentos mais pro-activos do que reactivos, são algumas das condições básicas para a sobrevivência das organizações actuais. As escolas, como importantes organizações do nosso tempo, não fogem a estas exigências. Para que elas possam ser melhor atendidas, é necessário que as escolas se conheçam melhor e, para isso, urge que se proceda à sua análise/avaliação. Indo ao encontro desta exigência, a investigação que agora se apresenta procura enquadrar a avaliação de escolas nas teorias da organização; fazer um levantamento de algumas das questões metodológicas fundamentais da avaliação de escolas; abordar, ainda que de forma muito sucinta, práticas de avaliação de escolas em alguns países e verificar em que medida e como é que a avaliação de escolas tem sido considerada no âmbito da produção legislativa educacional nacional.

 

A PAIXÃO DO PADRE HILÁRIO
Cândido Ferreira
Edições Asa
pp. 348

Nos anos cinquenta, Balsas não passava de uma aldeola da Gândara, perdida entre leiras, vinhedos e pinhais. Junto aos seus casebres de adobe esboroado, esgaravatavem no esterco, à compita com as galinhas, ranchadas de crianças andrajosas e descalças. Afogada em lama ou pó, pelas suas quelhas ressoava não propriamente um brado de revolta, mas antes uma espécie de queixume. O lugarejo não se distrinçava pois de tantos outros onde nada acontecia, não fosse o seu santuário mariano e o esforço abnegado do regedor Vinhas, grande obreiro do progresso local. Pelo menos assim era até à chegada de um misterioso padre...
Mas quem era esse Hilário que, seguindo as pisadas de Cristo, tão profundamente revolveu os espíritos e tanta paixão alimentou? Retrato dos anos de Salazar, este romance mergulha num ambiente rural onde o sacro e o profano, os mitos e a realidade, a bruxaria, a Santinha da Ladeira ou Fátima, ainda hoje se entrechocam com Antero e Eça... ou com Saramago. O autor, contudo, não usa inocentemente a escrita: ao escavar as suas próprias raízes - raízes históricas em que entronca o homem português -, opta com decisão pela trincheira de quem reage a esta sorte de europiteco suburbano a que a cultura dominante nos tenta reduzir.

 

CRISES E DILEMAS DO ENSINO SECUNDÁRIO
José Matias Alves
Edições Asa - Cadernos Pedagógicos
pp. 47

O presente caderno apresenta algumas imagens da metamorfose estrutural do ensino secundário, analisa as várias faces da crise - crise de sentido, crise do modelo escolar, crise de valores, crise da organização do trabalho... -, enuncia os dilemas que têm entravado a clarificação dos fins e do modelo organizacional e termina identificando as finalidades, as funções e os princípios de organização de um novo paradigma para o ensino secundário.

 

SENTIDO DA ESCOLARIDADE, INDISCIPLINA
E STRESS NOS PROFESSORES
Antero Afonso
João Amado
Saul Neves de Jesus
Edições Asa
pp. 48

João Amado procura inventariar e compreender os factores pedagógicos que podem estar por trás do problema da indisciplina na sala de aula. Antero Afonso glosa o mote da indisciplina na sua relação com o sentido da escolaridade, visitando os paradoxos da escola - "Quando uma coisqa serve para quase tudo, é de esperar que essa coisa não sirva para nada...". Saul Neves de Jesus interliga as problemáticas ciplina e do stress profissional dos professores e procura identificar os factores que as geram e as medidas que as poderão combater.

 

O DIRECTOR DE TURMA E OS ALUNOS
Maria Natália Carvalheira Marto
Edições Asa
pp. 64

Este trabalho possui um carácter prático e pretende ser um auxiliar do director de turma na programação das suas actividades. Destina-se, especialmente, às escolas que decidirem atribuir mais uma hora semanal à direcção de turma, conforme previsto no artigo 3º do decreto-lei 115A/98, de 4 de Maio, capítulo I.
A sua estrutura compõe-se de três partes distintas. Numa primeira, apresentam-se actividades com vista à criação de uma "turma comunidade". Numa segunda parte são desenvolvidas de uma forma breve actividades que têm como objectivo "ensinar o aluno a aprender". Finalmente, numa terceira abordagem, apresenta-se um conjunto de actividades conducentes à educação em valores.

 

PROJECTOS EDUCATIVOS, PLANOS DE ACTIVIDADES E
REGULAMENTOS INTERNOS - AVALIAÇÃO DE UMA
EXPERIÊNCIA
Almerindo Janela Afonso
Carlos Vilar Estevão
Rui Vieira de Castro
Edições Asa
pp. 62

A investigação sobre as finalidades, os valores e a estrutura de Projectos Educativos de Escola, os sentidos e a estruturação de Planos de Actividades e de Regulamentos Internos de escolas envolvidas no processo de experimentação do modelo de gestão presente no decreto-lei 172/91 têm inteira pertinência e actualidade num momento em que as escolas são chamadas a reelaborar o Projecto Educativo e a redigir um Regulamento Interno que permita operacionalizar o decreto-lei 115A/98 e, supostamente, dar expressão pragmática ao Projecto Educativo.

 

OLHAR DE EDITOR
Serafim Ferreira
Editorial Escritor
pp. 123

Este livro é um memorial por alguns dos editores que, dados à sua paixão pela literatura, nela empenharam , na discrição assumida, os seus bens, a saúde e, quantas vezes, a incompreensão de muitos. Eles foram (e são) os que deram o ser a tantos escritores, que não fossem estes homens e não teriam visto as suas obras aparaecer à luz da ribalta em que brilharam.. Assim, nas páginas sinceras e comovidas desta narrativa, Serafim Ferreira - o escritor de Litoral do Espanto e de Crónica de Damião, o crítico, o tradutor e ele próprio o antigo editor de livros fundamentais - invoca os nomes de Luiz de Montalvor, Delfim Guimarães, Augusto dos Santos Abranches, António Pedro, Figueiredo Magalhães, Agostinho Fernandes, Eduardo Salgueiro, Manuel Rodrigues de Oliveira, Américo Fraga Lamares, José Saramago, Leão Penedo, Rogério de Freitas, Viriato Camilo, Luiz Pacheco e Fernando Ribeiro de Mello, a quem valorosamente cabe o título de editor.

 

PENSAR A ESCOLA SOB OS OLHARES DA PSICOLOGIA
Ana Maria Bertão
Manuela Sanches Ferreira
Milice Ribeiro dos Santos
Edições Afrontamento
pp. 202

A educação é um fenómeno multifacetado que exige diferentes perspectivas psicológicas de análise e de intervenção. Tal entendimento não é contraditório com a necessidade de conhecer a coerência de cada uma das teorias que hoje elegem a escola como objecto de estudo.
Este livro permite ao leitor caminhar pelo contexto educativo, oferecendo-lhe os olhares do construtivismo, da psicanálise e da abordagem sitémica, de modo a que ele possa reflectir e construir o seu próprio olhar.

 

MIGRAÇÕES E DESENVOLVIMENTO - O PLANETA NÓMADA
Vários autores
Espaço OIKOS
pp. 52

Esta publicação, sob a forma de uma história ilustrada abordando as migrações e desenvolvimento, pretende ser um instrumento de trabalho , um "ponto de apoio" num processo de Educação para o Desenvolvimento, de modo a facilitar e promover a reflexão/acção nas escolas, nas associações, nos sindicatos, nas cooperativas, nos grupos, proporcionando uma tomada de consciência individual e colectiva sobre o mundo nómada que vivemos e encontrando perspectivas para o terceiro milénio.
(...) Quisemos fixar num instrumento pedagógico as interrogações deste final de século e de milénio, a relação do homem com os outros homens, na certeza de que perante a globalização dos problemas é necessário fomentar a solidariedade à escala planetária. À semelhança de outras bandas desenhadas já editadas pelo Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos, como a "A Interminável Dívida dos Países do Terceiro Mundo" e a "Economia Mundial", surge agora esta história ilustrada sobre "Migrações e Desenvolvimento - o Planeta Nómada".
Os pedidos devem ser dirigidos a OIKOS - Rua de Santiago 9, 1100 - 493 Lisboa

 

EDUCAÇÃO E ENSINO
Associação de Municípios do Distrito de Setúbal
pp. 36

O 21º número da revista Educação e Ensino é dedicada à imprensa educativa e aos projectos que a enformam. Quatro publicações em destaque: Correio da Educação, O Professor, Multicultural e J.L. Educação. Ainda um artigo sobre autarquias e imprensa educativa. São também notícia na Educação e Ensino a "Análise caótica do currículo oculto", o Projecto Nómada - dedicada à integração da comunidade cigana no sistema educativo - e a Educação Sexual nas escolas. Destaque ainda para o segundo artigo da série Representações e práticas dos professores.

 

MEMORIAL DO CONVENTO - DA LEITURA À ANÁLISE
Ana Margarida Ramos
Edições Asa
pp. 63

Este estudo do romance Memorial do Convento, de José Saramago, pretende funcionar como um texto de apoio à leitura da obra, em contexto pedagógico e não só. Destina-se preferencialmente a professores e alunos do ensino secundário, que aqui poderão encontrar uma reflexão sobre a estrutura da obra, temas e motivos e o convite à discussão e a novas leituras. Assim, fornece algumas pistas de análise do romance, ao mesmo tempo que sugere actividades com vista à exploração da obra dos pontos de vista narratológico, temático, simbólico e histórico. Pretende este livro funcionar sobretudo como uma primeira abordagem em que se procura despertar professores, alunos e demais interessados na obra de José Saramago

 

PRÁTICAS DE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DAS ESCOLAS
NO CONTEXTO DA ELABORAÇÃO DO REGULAMENTO INTERNO

Anselmo Freitas
José António Afonso
Edições Asa
pp. 46

"Reportando-se a um processo ainda em curso no momento inicial da sua elaboração, o presente trabalho assume-se como uma mera descrição ou crónica parcial de alguns aspectos relativos à fase preparatória de implementação do novo regime de autonomia das escolas. Apesar disso , e na medida em que se pretende, também, coligir algumas informações que possam induzir questionamentos porventura enriquecedores do debate em torno de tal processo, não nos coibimos de acrescentar aos dados recolhidos algumas considerações críticas". (retirado da introdução)

 

COMO DESENVOLVER A CRIATIVIDADE DO ALUNO
Robert J. Sternberg
Wendy M. Williams
Edições Asa
pp. 60

Neste guia prático, Sternberg e Williams partilham consigo 25 estratégias fáceis de implementar e que permitem o desenvolvimento da sua própria criatividade, da dos seus alunos e colegas. As estratégias incluem explicações entrelaçadas com experiências pessoais nas turmas e nas investigações levadas a cabo pelos autores. Sternberg e Williams dão uma explicação simples da criatividade e dão conta de técnicas que podem ser utilizadas para escolher ambientes criativos, para expor os alunos a papéis-modelos criativos e para identificar e ultrapassar os obstáculos à criatividade. Algumas das técnicas exploradas incluem a questionação de suposições, o encorajamento na concepção de ideias, o ensino de auto-responsabilidade e o uso de perfis de pessoas criativas.


  
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Edição:

N.º 86
Ano 8, Dezembro 1999

Autoria:

Redacção

Redacção

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