Na cidade do Porto tem vindo a ocorrer um interessante movimento de concentração de galerias de arte numa única rua - a Miguel Bombarda, nas traseiras do Museu Nacional Soares dos Reis, onde está patente a mostra 'O Desenho e a Modelação na Obra de Soares dos Reis'. No último fim-de-semana de Fevereiro, mais uma foi inaugurada (a Canvas & Companhia), com pintura de Pedro Tudela, estando marcada para Abril a inauguração de mais dois espaços (Presença e Por Amor à Arte). Se estes juntarmos os já existentes André Viana (pintura de Xana), Fernando Santos (pintura de Jorge Martins) e Quadrado Azul (fotografia de Carlos Vidal), fácil é perceber a dinâmica de programação que pode proporcionar, com óbvias vantagens para quem pretenda visitar as diferentes exposições. Já agora, refira-se que nas imediações desta ëconcentração galeristaí, ainda podem ser visitados os seguintes espaços: Cadeia da Relação (fotografia de Jorge Molder, em S. Bento da Vitória), Casa Tait ('À Descoberta de Picasso', em Entrequintas), Galeria 111 (Ana Vidigal, na Rua D. Manuel II) e Galeria da Restauração (na rua com o mesmo nome, pintura de Manuel Gantes). Só falta mesmo conseguir atrair os portuenses...

'Pôr do Sol' no Europarque

Continuando com a programação do ciclo ëPôr do Sol Culturalí - uma iniciativa quinzenal que pretende divulgar a música de câmara e o jazz, nos fins de tarde de domingo -, a Associação Industrial Portuense tem calendarizados para Março dois recitais, no foyer do Grande Auditório do Europarque (Santa Maria da Feira): no dia 8, às 18 horas, o barítono Jorge Vaz de Carvalho e o pianista Armando Vidal apresentam um programa que ainda não era conhecido aquando do fecho desta edição; duas semanas depois, à mesma hora, Álvaro Teixeira Lopes (piano) e José Pereira de Sousa (violoncelo) interpretarão peças de Filipe Pires e Joly Braga Santos. No último domingo do mês, às 16h30, o Grande Auditório acolherá a Orquestra Gulbenkian - dirigida por Michael Zilm, com a soprano Iris Vermillion -, que executará o prelúdio do primeiro acto de 'Tristão e Isolda' (Wagner), 'Maeterlinck Lieder' (Zemlinsky), 'Lieder' (Alma Mahler) e o adágio da 'Sinfonia nº 10', de Gustav Mahler.

Orquestra Metropolitana de Lisboa

Integrado no Festival dos 100 Dias, que marca a contagem decrescente para a inauguração da Expo 98, a Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML) apresenta-se no grande auditório do Centro Cultural de Belém, no dia 28 de Março, às 21h30, para executar 'Danças Sinfónicas' (Rachmaninoff), '4 Últimas Canções' (R. Strauss) e a suite de 'O Pássaro de Fogo' (Stravinsky), sob a direcção do maestro titular Miguel Graça Moura e com a soprano Elisabete Matos. No fim-de-semana imediatamente anterior, a OML apresentará, entretanto, a abertura de 'La Belle Mélusine' (Mendelssohn), o concerto para trombone (Stéphane Guiheux) e orquestra, de Gordon Jacob, e a sinfonia nº 2 em Ré Maior, de Otto Nicolai - a orquestra será dirigida por Vasco Azevedo e os concertos terão lugar na Sala do Arquivo dos Paços do Conselho (Lisboa, dia 20, às 21h30), Igreja da Cartuxa (Caxias, 21, 21h30) e Claustros do Convento (Mafra, 22, às 16 horas).


A.B.