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Revista de Verão

Sumário

04. editorial

Agentes de “condição humana”
Isabel Baptista

 

06. ADALBERTO DIAS DE CARVALHO

“A solidão ainda não foi assumida como uma questão para a educação. Que eu saiba não consta dos programas, a não ser na sua forma estética, na literatura... Não consta dos padrões de desempenho dos professores, que depois servem de suporte para a avaliação dos docentes. Os padrões de desempenho nunca referem a criança, referem sempre o aluno. O aluno é um dos estatutos da criança, mas por trás do aluno está sempre uma criança, está um ser humano. As preocupações com as competências e a sua definição levam a que se despreze estas dimensões. Embora existam escalas de solidão, como é que vamos medir o professor que se preocupa com a solidão dos seus alunos? Quanto é que isso conta na classificação da avaliação dos docentes?”

 

lugares da educação

16. A propósito de Becker e do pub de Bernstein

A sociologia da educação é reiteradamente confrontada com a questão da “utilidade”, mas está longe de ter esgotado a sua contribuição, ou de ter perdido relevância.
Almerindo Janela Afonso

 

formação e trabalho

18. O trabalho escolar e a alunização da Educação

O mundo juvenil que habita a Escola tem sofrido profundas transformações nas últimas décadas, a maior das quais corresponderá, porventura, à sua “alunização”.
Manuel Matos

 

a escola que aprende

20. Eficiência é usar próteses

Dependemos da ajuda e das capacidades alheias mais do que qualquer outra espécie. Ser eficiente é ser capaz de conhecer e usar os recursos à nossa volta.
David Rodrigues

 

entrelinhas e rabiscos

22. O currículo e a nossa “estranha” forma de vida

O ser humano que vai à Escola “arrisca-se” a viver moldado por ideais que, racional e teoricamente, lhe são alheios, mas que emergem destemidamente e sem cautela no momento mais inesperado.
José Rafael Tormenta

 

discurso directo

24. Sobre a inutilidade dos monólogos colectivos

Acentuar o miserabilismo das condições de trabalho nas escolas para mostrar que os professores não podem fazer o que a administração defende – deverá ser este o discurso público dos professores?
Ariana Cosme e Rui Trindade

 

do secundário

26. O que não funciona

Dois exemplos do que se pode aprender da experiência internacional. Em Abril saiu um relatório da OCDE onde se tenta responder à pergunta: será que o investimento em aulas pós-escolares é rentável?
Jaime Carvalho e Silva

 

fora da escola

28. Sobre crises e conversas

Talvez seja porque não se sabe onde nos vai levar uma conversa que os gestores atuais não queiram conversar com os “praticantes” das escolas. No entanto, mais que nunca, conversar é preciso!
Nilda Alves

 

em foco

30. A crise e o Ensino Superior

“Os dias da ajuda do Estado na educação superior estão a acabar. O sistema de procura e oferta, compra e venda, vai traduzir-se em mais universidades privadas e a obtenção de lucros vai ser o futuro.”
Reportagem de João Pereira e Gonçalo Moreira da Silva

 

32. Escolhas no Superior: da filarmónica à orquestra de jazz

A pressão a que a organização académica está sujeita, sob o ponto de vista da produtividade, não deixa de evidenciar do lado da oferta educativa o abandono crescente do jazz em favor da filarmónica.
Henrique Vaz

 

34. Finanças, propinas e receios no Ensino Superior

Será que os sistemas europeus vão manter as propinas reduzidas? Ou as universidades começarão a estabelecer propinas específicas para os "estrangeiros"? Este último cenário é o mais provável.
Susan L. Robertson

 

reconfigurações

36. Por que precisamos de professores profissionais?

Manter a integridade do trabalho – em vários sentidos – é cada vez mais difícil para os professores. O recurso ao outsourcing parece ser uma alternativa cada vez mais provável.
Roger Dale

 

[trans]formações

38. Ensino Superior, mediação sociocultural e sociopedagógica

A oferta de formação superior em mediação está muito condicionada. Varia não só de área para área, mas também, e sobretudo, de instituição para instituição de formação.
Ana Vieira

 

pedagogia social

40. Respuestas simples a preguntas complejas?

Quizás cambiando de perspectiva sea posible descubrir que las polarizaciones, inconsistencias y contradicciones apuntadas a la pedagogía social no son otra cosa que el resultado de la inadecuación de las herramientas con las que la han interpretado.
Xavier Úcar

 

42. EDUCADORES PELA PAZ: 25 ANOS DEPOIS, A CHAMA ESTÁ VIVA

Vivemos um tempo de crise financeira, económica, política e social profunda. O desencanto de um mundo em que tudo vale e todos somos transformados em números, sem identidades e sem vizinhanças, desprezando os princípios éticos e indiferentes às desigualdades socioeconómicas e às exclusões étnico-culturais, faz parte do nosso quotidiano. Apesar de tudo, estes encontros continuam vivos. O próximo realizar-se-á em Portugal, em 2012.
Reportagem de Américo Nunes Peres

 

cultura e pedagogia

45. Consumir bem para consumir sempre

O crescimento do número de endividados que acabam desabilitados ao consumo, não sendo mais considerados bons consumidores, é efeito da ausência de educação para o consumo na escola.
Andresa da Costa Mutz

 

olhares de fora

46. A economia de sobrevivência e as empreendedoras

Com o incremento das privatizações, na década de 90, o desemprego lançou no sector informal da economia moçambicana milhares de mulheres que tiveram de “desenrascar a vida”.
Maria Antónia Lopes

 

48. Narrativas iniciáticas no cinema da infância

Os heróis das narrativas iniciáticas ganham o seu ingresso no mundo ou o ingresso neles próprios? Qual o sentido de seu caminho? Simples passagem de um a outro momento ou constituição mais formal de um indivíduo?
José Miguel Lopes

 

afinal onde está a escola

50. Tenho uma aluna que gostaria que você conhecesse

Esse encontro já me deu muito que contar e pensar. Eu pensava que escrever doía, mas D. Maria me lembrou que não saber escrever pode ser ainda mais doloroso.
Márcia F. Carneiro Lima

 

52. LITERACIA PARA OS MEDIA EM FASE DE NEBULOSIDADE 

A literacia está em voga. Associada aos media é, por vezes, substituída por Educação. Mas nem sempre os termos são vistos como sinónimos. A “sociedade em rede” obriga a novas literacias: digital, mediática, fílmica... Formam um plural ilustrativo das relações que os cidadãos estabelecem com o ‘ecossistema’ mediático. Um ambiente povoado pela internet, as redes sociais, os videojogos, a televisão, o cinema, a rádio, os jornais e revistas. Esta é a ‘nuvem’ da literacia ou educação para os média. A PÁGINA reuniu opiniões de quem a estuda.
Reportagem de Andreia Lobo e Joana Rodrigues

 

58. JOSÉ IGNÁCIO AGUADED-GOMEZ

“Poucos professores souberam submergir-se em profundidade na nova geração. Poucos entraram nas redes sociais, fizeram cursos activos sobre internet. Pela primeira vez na história, encontramos professores que não têm interiorizado o conhecimento que têm de transmitir. Perante isto, cria-se a desconfiança e esse abismo de considerar que tudo o que vem dos media é negativo e nefasto para a Educação. Os educadores têm de assumir que a sociedade está a mudar e que é necessário formarem-se para formarem as novas gerações.”

 

coisas do tempo

61. Educational Network – Working in Partnership

Experiência fantástica e possibilidade de iniciar uma rede de trabalho virtual onde os professores possam desenvolver ideias e acções.
Betina Astride

 

textos bissextos

62. Agarrados ao computador… na escola

Ainda estavam no primeiro ponto da (habitual) longa ordem de trabalhos. Quase metade dos 25 membros estava inclinada nos seus PC portáteis. Navegando, de certo, no ciberespaço.
Luís Souta

 

64. Sam Gamgee: um herói do 25 de Abril

A propósito da recente passagem de mais um aniversário da revolução, a minha modesta homenagem àquele que, para mim, melhor encarna o simbolismo dessa data.
José Catarino Soares

 

em português

66. Repensar Portugal

Com este mesmo título, escreveu Victor de Sá, em 1977, um breve, mas objectivo ensaio sobre o estado da Nação após a Revolução de Abril e a saída das colónias.
Leonel Cosme

 

quotidianos

68. O tempo da Filosofia e Albert Foreman

Conhecemos a excelente “síntese possível” que Edgar Morin fez sobre o ser humano; “Sapiens”, mas também “Demens”. Cabe-nos perguntar, como há tanto faz a Filosofia, para quê?
Carlos Mota

 

70. Para quê a Filosofia?

Fundamentação teórica e prática do Homem, da Vida, da Sociedade e da História – eis a grande função da Filosofia.
Manuel Sérgio

 

72. TERESA MAIA MENDES

“Eu não abdico de dizer que sou professora. Nunca abdiquei.
Quando, em 74, a Segurança Social queria acabar com os professores e pôr todos como técnicos, porque ganhavam mais 100 paus, nós fizemos uma bulha desgraçada e dissemos que éramos professores, tínhamos uma profissão e não abdicávamos dela. Portanto, eu sempre me senti professora, e não admito que alguém diga que, porque se aposentou, deixou de ser professora – leva logo uma cartinha das minhas, a dizer: à senhora, ninguém lhe tirou o curso; é professora. Mas, neste momento, sinto-me mais sindicalista.”

 

saúde escolar

82. O que traz a mala dos pais?

Uma das maiores dificuldades na saúde escolar é envolver os encarregados de educação. Precisamos de encontrar estratégias que permitam um trabalho continuado no tempo.
Débora Cláudio

 

83. Alimentação saudável promovida com videojogos

Os resultados do PASSE são animadores, quer ao nível dos conhecimentos adquiridos, quer pela alteração de algumas práticas alimentares.
Nuno Pereira de Sousa

 

educação desportiva

84. Da Educação Física e do Desporto Escolar aos Jogos Olímpicos (2012-2024)

É necessário institucionalizar um verdadeiro projecto de desenvolvimento do desporto, que contribua para o progresso do país através de uma educação competitiva nobre e leal que se projecte na sociedade.
Gustavo Pires

 

dizeres

86. O arboreto

Naquela escola havia uma consciência colectiva de dedicação à natureza, uma educação cívica entranhada, uma obra construída, uma imagem que passava de uns para os outros. E, no entanto, tudo ia ser ignorado.
Angelina Carvalho

 

88. um café com JOSÉ RODRIGUES: poeta da condição humana

Em Julho, o escultor vai ser homenageado pela Bienal de Cerveira e inaugurar uma exposição de cenários. A PÁGINA foi tomar café com ele.
António Baldaia

 

visionarium

92. 3D: passado, presente e futuro

Os mais entusiastas pela tecnologia perspectivam um grande futuro para a 3D. A indústria de conteúdos pisca-lhe o olho. Estudos alertam para a existência de riscos para a saúde.
DCC do Visionarium

 

comunicação e escola

94. Fábulas fabulosas

A fábula permanece viva como manifestação ideológica: a formiga deve trabalhar arduamente para ter um inverno tranquilo, objetivo que a cigarra não alcançará por falta de “investimento correto”.
Raquel Goulart Barreto

 

cinema

96. Quando os pesadelos se tornam realidade

Nem todos os filmes japoneses, animados ou não, mostram uma harmonia animista como os de Miyazaki. Na maioria, o mar é um inimigo mortal, sacudido por forças subterrâneas.
Paulo Teixeira de Sousa

 

aconteceu

98. A República em casa

A capacidade de mobilização de diferentes instituições e pessoas para um objectivo comum, a chamada de atenção para a preservação de memórias, o sentido intemporal das ideias e as “lições” que a História nos vai legando, são razões mais do que suficientes para se repetirem experiências colectivas como esta.
Luís Alberto Alves

 

100. Correlingua, unha actividade escolar en defensa do idioma

A actividade iníciase no mes de outubro e todo culmina na primeira quincena de maio, onde as rúas énchense de mozas e mozos que reclaman o seu dereito ao uso da súa lingua.
Marta Dacosta

 

presença pedagógica

102. Pedagogia diferenciada

Não existe um consenso sobre “pedagogia diferenciada”. Pode ser entendida como um instrumento, uma atitude, uma abordagem, uma filosofia, uma estratégia ou um modelo de gestão da sala de aula.
Daniela Elaine Jungles

 

república dos leitores

108. Eurodyssée: Mogadouro em Ciney

Evangelina Bonifácio


 109. A avaliação em um fórum de discussão

Ricardo Marinho dos Santos


 110. Mudamos, crescemos, amadurecemos

Joana Carneiro


 110. Educação aberta

Jorge Oliveira Fernandes


111. O papel educativo do cinema

Maria Lopes de Azevedo


  
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Edição:

Edição N.º 193, série II
Verão 2011

Autoria:

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