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Prémio Carlos de Oliveira distinguiu: O Novíssimo Testamento

“No tempo em que os Portugueses imperavam sobre o arquipélago de Cabo verde, aconteceu num domingo de Páscoa, na minúscula freguesia do Lém, estar a morrer a mulher mais beata que a ilha de Santiago conhecera. Interpelando-a as netas sobre a sua última vontade, não quis ela, como seria de esperar, chamar o padre, respondendo em vez disso que gostaria de ser fotografada. Porém, assim que o flash disparou, um mistério inexplicável varreu a ilha de lés a lés; e quando, ao fim de muitas peripécias, a fotografia foi finalmente revelada, a surpresa foi tão impossível que não houve, no mundo inteiro, uma só alma que conseguisse manter a boca fechada. A ilha quase ia ao fundo com a confusão…” esta é uma sinopse possível de O Novíssimo Testamento, do cabo-verdiano Mário Lúcio Sousa, recentemente distinguido com o Prémio Carlos de oliveira, instituído pela Câmara Municipal de Cantanhede para Prémio Carlos de Oliveira distinguiu O Novíssimo Testamento estimular a criação literária e distinguir quem de algum modo se distinga na literatura lusófona. De acordo com o júri, o autor "retoma as escrituras sagradas, reinventando-as através do recurso a um contrafactual herdado da teologia medieval, colocando a hipótese de Jesus ter sido mulher e explorando as vastas implicações e consequências dessa hipótese". embaixador cultural de Cabo verde, escritor e compositor, Mário Lúcio Sousa nasceu no Tarrafal (Ilha de Santiago), em 1964, e licenciou-se em Direito pela Universidade de Havana (Cuba), tendo sido deputado do seu país entre 1996-2001. Autor de ficção, teatro e poesia, distingue-se também como estudioso da música tradicional, compositor e multi-instrumentista.

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Edição:

Edição N.º 191, série II
Inverno 2010

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