DISCRIMINAÇÃO DE GÉNERO
Os republicanos bloquearam, no dia 24 de Abril, no Congresso americano, uma lei que pretendia alterar uma sentença do Supremo Tribunal que corta às mulheres a possibilidade de entrarem com acções contra os seus empregadores por receberem salários desiguais. A legislação tomou como base o caso de Lilly Ledbetter, uma mulher que descobriu, depois de trabalhar quase duas décadas como capataz numa fábrica de pneus da Goodyear, em Alabama (sul), que recebia um salário 40 por cento inferior ao dos seus colegas homens. A sua acusação contra a empresa chegou ao Supremo Tribunal mas foi rejeitada em Maio de 2007. A lei diz que os empregados devem entrar com as queixas por discriminação num período máximo de seis meses, e o tribunal considerou que este prazo começa a correr desde que o empregador fixa o salário. Legisladores democratas tentaram modificar a lei e em Julho passado a Câmara de Representantes aprovou a denominada Lei do salário justo Lilly Ledbetter. No entanto, numa votação hoje, 24 de Abril, no Senado, não foram alcançados os 60 votos necessários para fazer aprovar a lei: foram apenas 56 a favor. E, a descriminação de género continua. O candidato presidencial republicano John McCain absteve-se de votar, mas os dois aspirantes à indicação democrata, Hillary Clinton e Barack Obama, apoiaram a lei.
AFP
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