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Socialismo cubano «não tem direito ao fracasso», diz Frei Betto

CUBA 

O teólogo brasileiro Frei Betto, uma das figuras emblemáticas da esquerda católica latino-americana, disse em Havana, que "a experiência socialista" de Cuba "não tem direito ao fracasso", ao intervir num encontro sobre os desequilíbrios do planeta.
"Cuba tem uma responsabilidade e um compromisso histórico com José Martí [Herói Nacional Cubano] e é por isso que a sua experiência socialista não tem direito ao fracasso", defendeu Frei Betto, um dos 30 convidados especiais da II Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo. "Não esperamos de Cuba grandes avanços tecnológicos, ou aumentos no turismo (...), esperamos muito mais na batalha pelos valores dos quais falava José Martí", acrescentou. Neste encontro, no qual Cuba se dedicou a debater o pensamento e a obra de José Martí (1853-1895), participam mais de 400 delegados de 35 países, incluindo intelectuais dos Estados Unidos e da Espanha. Frei Betto salientou que "Cuba não se chama Alice, nem é o país das maravilhas", mas conseguiu "garantir os três direitos elementares e imprescindíveis ao ser humano: a alimentação, a saúde e a educação". "Em Cuba, há vontade de comer, mas não há fome.
Na América Latina, há 52,4 milhões de pessoas que sofrem de desnutrição", lembrou Frei Betto, que concluiu a sua apresentação pedindo a Deus que "conceda vida longa ao Comandante Fidel Castro", de 81 anos. Frei Betto é autor do livro "Fidel e a religião".

AFP


  
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Edição:

N.º 176
Ano 17, Março 2008

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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