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Liberdade na Internet não deve ser garantida pelas Nações Unidas

LIBERDADES 

O novo director da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Hamadoun Toure, afirmou recentemente que esta agência ligada às Nações Unidas não pretende criar mecanismos que garantam a liberdade de expressão na Internet.
Questionado sobre os mecanismos de controlo na Internet e a repressão a dissidentes que usam a rede em países como a China, Toure disse que "a liberdade de expressão é uma questão de conteúdo que excede o mandato da UIT", e pela qual não pode responder.
Toure, que foi eleito secretário-geral desta organização em Novembro de 2006, da qual fazem parte 191 países, disse que a prioridade da agência é assegurar o funcionamento adequado das infra-estruturas de comunicação entre países e de padrões técnicos comuns.
No entanto, durante a Cimeira Mundial da ONU sobre Sociedade de Informação, organizada pela UIT em 2005, os 176 países participantes adoptaram uma declaração formal na qual sublinhavam a necessidade de se respeitar a liberdade de expressão nas novas tecnologias como a Internet. O então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pediu aos participantes que aumentassem os esforços para garantir a liberdade de expressão e de informação.
Toure afirmou que, na altura, foi contrário às tentativas de substituir a organização privada americana que gere o alojamento global dos sítios, a Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN), por uma nova entidade internacional. O novo responsável da ITU disse ainda que seria difícil e muito polémico implementar uma nova entidade de supervisão e referiu que esta agência da ONU não poderia supervisionar a Internet sozinha. Toure defendeu em vez disso uma melhor cooperação entre as organizações como a ICANN e a UIT.


  
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Edição:

N.º 164
Ano 16, Fevereiro 2007

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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