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Número de ricos dispara nos Estados Unidos, aumentando a desigualdade social no país

DESIGUALDADES

Nos Estados Unidos, o número de ricos chegou a níveis nunca vistos no último século, fenómeno que foi acompanhado por um enorme aumento das desigualdades sociais.
Segundo a firma TNS, pelo menos 8,9 milhões de casas americanas possuíam em 2005 um património superior a um milhão de dólares. Em contrapartida o salário mínimo não foi alterado desde 1997. No inicio de Janeiro a Câmara dos Representantes fixou-o em 7,25/por hora [era de 5,15 ].
Steven Lagerfeld, responsável da revista Wilson Quarterly, considerou, que "o entusiasmo" dos americanos "pelo mundo empresarial e pela riqueza é uma tendência recente". "Nos anos 1960-70 as empresas eram consideradas negativamente como símbolos do conformismo e do materialismo na sociedade americana", lembrou. Na sua opinião, as políticas do presidente Ronald Reagan nos anos 80 mudaram a situação, mas agora, há sinais de que "a paixão da opinião pública pelo mito das riquezas começa a arrefecer".
A parte da riqueza nacional nas mãos de 1 por cento dos americanos mais ricos passou de 8 por cento em 1980 para 16 por cento em 2004, ou seja, duplicou a concentração da riqueza entre 1980 e 2004.
A concentração da riqueza, faz-se, largamente, nos dirigentes das empresas. Em 2006, os dirigentes das empresas receberam, em média, um salário 262 vezes maior do que o salário médio nacional. Os democratas, que acabam de recuperar o controle do Congresso, dizem querer aumentar o controle sobre as remunerações dos dirigentes das empresas por parte dos accionistas.


  
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Edição:

N.º 164
Ano 16, Fevereiro 2007

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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