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Estudo sobre a imunidade dos pica-paus à dor de cabeça vence prémio ignóbil

O esforço de cientistas que se debruçaram sobre complexas questões como porque os pica-paus não têm dor de cabeça enquanto bicam os troncos das árvores à procura de minhocas, foi reconhecido em Outubro com os prémios Ignóbil, uma sátira aos Nobel, entregues em Cambridge, Massaschussets.
Os prémios são entregues para "honrar as experiências que primeiro fizeram as pessoas rir, e que depois as fizeram pensar", segundo os organizadores.
Aos vencedores é dado um minuto para fazerem o seu discurso de agradecimento, com o limite de tempo estritamente regulado por uma menina de oito anos.
As solenidades envolvem tradicionalmente espectadores atirando aviõezinhos de papel no palco enquanto o professor de Harvard Roy Glauber voluntariamente varre tudo, como faz há 10 anos.
Glauber insistiu em manter-se no serviço de faxina para a 16ª cerimónia anual deste ano, mesmo tendo sido o vencedor do Prémio Nobel de Física do ano passado.
Apesar do tom irreverente da cerimónia, os prémios são levados cada vez mais a sério pela comunidade científica, com oito dos 10 vencedores deste ano pagando do próprio bolso para comparecer à cerimónia.

Prémios IGNÓBIL 2006:

Paz - Howard Stapleton da Merthyr Tydfil, em Gales. Inventou um ?repelente electrónico de adolescentes?.

Ornitologia - Ivan Schwab, e Philip May, da Universidade da Califórnia. Trabalho pioneiro sobre ?a capacidade dos pica-paus em evitar as dores de cabeça?.

Acústico - Lynn Halpern, Randolph Blake e James Hillenbrand. Conduziram experiências para saber ?porque é que as pessoas não suportam o som de unhas arranhando o quadro preto?.

Matemática - Dois investigadores da Australia's Commonwealth Scientific and Research Organisation.  Descobriram «quantas fotos você precisa de tirar para assegurar que ninguém num grupo pisque os olhos».

Medicina - Francis Fesmire, da Universidade do Tennessee. Pelo seu trabalho "Tratamento de soluços com massagem digital rectal".

Física - Basile Audoly e Sebastien Neukirch, da Universidade de Paris. Desvendaram ?porque o esparguete seco tende a quebrar-se em mais de dois pedaços?.

Química ? Cientistas da Universidade de Valência. Estudo sobre a "Velocidade ultra-sónica no queijo cheddar quando afectado pela temperatura".

Nutrição - Wasmia al-Huty, do Kuwait. Mostraram que ?os besouros comedores de estrume são na verdade exigentes na escolha de sua refeição?.

Biologia - Bart Knols, da Holanda. Pelo estudo que mostra que ?os mosquitos fêmea da malária são atraídos pelo odor do queijo limburguer e do chulé?.

Os últimos vencedores foram Don Featherstone, criador do flamingo rosa de plástico. Kees Moeliker, registou o primeiro caso cientificamente comprovado de necrofilia homossexual em patos. Stefano Ghirlanda, co-autor do estudo "Galinhas Preferem Humanos Bonitos".


  
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Edição:

N.º 161
Ano 15, Novembro 2006

Autoria:

Redacção

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