Página  >  Edições  >  N.º 159  >  Duas poéticas compulsivas

Duas poéticas compulsivas

Até 8 de Outubro, está patente na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, uma exposição subordinada ao tema ?O Gosto do Coleccionador?. Trata-se, como se adivinha, de uma exposição de objectos artísticos obtidos por Calouste Gulbenkian (1869-1955) que mostram o ?fino espírito selectivo? do sr 5% (assim chamado por ter feito fortuna com a percentagem devida a quem mediou transacções petrolíferas de envergadura) e a evolução do próprio gosto deste milionário compulsivo.
Um outro compulsivo, no caso desenhador, é Abel Salazar que tem, até 17 de Setembro, no Centro Cultural de Belém, uma exposição de cerca de 250 desenhos praticamente desconhecidos do grande público. Tão desconhecidos como o próprio Prof. Dr. Abel Salazar, verdadeiro sábio da Renascença do nosso século XX, cidadão, médico, artista, lúcido ao ponto de dizer que um médico que só sabe Medicina nem Medicina sabe.
Registe-se, citando o catálogo que a Fundação Mário Soares, a Associação Divulgadora da Casa Museu Abel Salazar e o próprio Centro Cultural de Belém editaram para esta exposição  ?que a obra plástica realizada por este médico, cientista, professor e filósofo, inclui ainda esculturas, manequins, pinturas, cobres martelados e gravuras? (?) e que toda ela ?revela a sua forte preocupação humanista, onde a figura humana e especialmente a ?mulher?, assume o papel principal em cenas do quotidiano e de trabalho, em representações cujas linhas sugerem a movimentação de corpos vigorosos e perfeitos?.

Abel Salazar está na Galeria 2 do piso -1 do Centro Cultural de Belém, até 17 de Setembro, das 10h às 19h, de terça a domingo. A entrada custa ¤3,00, excepto para estudantes, para jovens dos13 aos 25 anos e para maiores de 65 anos, que pagam apenas ¤1,50, e para crianças até 12 anos, que pagam  ¤0,75.
O gosto de Calouste Gulbenkian está na Praça de Espanha, em Lisboa, mais precisamente na sede da própria Fundação Gulbenkian, de terça a domingo, das 10 às 17,45 horas, com entrada gratuita. Duas propostas poéticas para quem vai para Sul e passa na última cidade de alma mediterrânica que é Lisboa.


  
Ficha do Artigo
Imprimir Abrir como PDF

Edição:

N.º 159
Ano 15, Agosto/Setembro 2006

Autoria:

Júlio Roldão
Jornalista do Jornal de Notícias
Júlio Roldão
Jornalista do Jornal de Notícias

Partilhar nas redes sociais:

|


Publicidade


Voltar ao Topo