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Poderes disciplinares acrescidos para os professores britânicos

De acordo com um projecto de lei actualmente em discussão no parlamento britânico, os professores deste país poderão, num futuro próximo, vir a ter poder para apreender objectos considerados ?inapropriados? ou que possam perturbar as aulas, como telefones portáteis e walkmans, e punir os alunos por comportamentos que considerem inaceitáveis, inclusivamente no espaço exterior à escola.
Estas e outras medidas constam de um Livro Branco sobre educação, adoptado em Outubro do ano passado pelo governo trabalhista com o apoio dos conservadores, que tem sido muito criticado não só pelo seu carácter privatizador como, neste caso, pelo grande grau de autonomia que pretende atribuir às escolas em matéria de disciplina. A ser aprovada, a lei fará ainda com que os encarregados de educação possam ser penalizados caso não aceitem a responsabilidade do comportamento imputado aos filhos. 
?A falta de respeito e as atitudes irresponsáveis não serão toleradas?, afirmou recentemente a sub-secretária com a tutela das escolas, Jacqui Smith, que se referiu também à possibilidade de os professores utilizarem, se necessário, uma ?força razoável? na aplicação das reprimendas aos alunos.
Segundo o sindicato de professores NASUWT, uma das organizações que se opõe a este novo código disciplinar, o número de alunos considerados ?incontroláveis? tem vindo a diminuir, mas o facto é que os casos de violência escolar, nomeadamente o ?happy slapping? (agressão gratuita filmada com telefone portátil) ou a utilização de armas brancas em agressões entre alunos despoletaram o debate sobre este tema nos últimos meses no Reino Unido.   
O primeiro-ministro, Tony Blair, tem criticado regularmente a ?falta de civilidade? no país, tendo posto em prática ou anunciado uma série de medidas no quadro do ?Plano de Acção para o Respeito?, apresentado em Janeiro deste ano. Uma delas prende-se com a colocação de polícia de proximidade nas escolas ou a instalação de detectores de metais à entrada de algumas escolas.


  
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Edição:

N.º 154
Ano 15, Março 2006

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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