Os pais e encarregados de educação franceses mostram-se cada vez mais inquietos face ao futuro dos filhos e temem particularmente que estes caiam no desemprego, revela um inquérito publicado recentemente pela Federação dos Pais e Encarregados de Educação dos Alunos do Ensino Público. Comparativamente a um inquérito similar realizado no ano passado, a confiança no futuro é hoje menor: 41 por cento dos pais acha que os filhos irão viver em piores condições do que eles (35% há um ano), sendo os pais de meios socialmente desfavorecidos aqueles que se mostraram mais pessimistas (43%). Ainda de acordo com a sondagem, 61 por cento dos pais acha que os filhos correm um risco maior de ficarem desempregados (56% em 2004), motivo provável para que no inquérito deste ano sejam em menor número aqueles que citam a aprendizagem como principal objectivo da escola (57% contra 65% em 2004) e mais numerosos os que citam a preparação para um emprego (21% contra 15% no ano anterior). Apesar disto, e tal como no inquérito anterior, 17 por cento acha prioritária a educação e apenas 5 por cento a obtenção de um emprego. Neste sentido, 75% dos pais refere que a escola corresponde às suas expectativas e cumpre a sua função educativa. De acordo com os resultados deste inquérito, os pais mostram-se também preocupados com a violência (91%), mas revelam-se menos angustiados com esta questão relativamente ao ano passado. De resto, 64 por centro diz-se muito inquieto com a violência (79% em 2004), 69% com a droga (80%), 47 por cento com o tabaco (60%) e 53% com a pedofilia (71%). Para combater o crescimento da violência, os inquiridos preconizam a existência de um melhor enquadramento legal (44%), a responsabilização dos pais (38%), a melhoria da educação dos alunos (31%) e uma maior repressão (22%). Relativamente à retirada dos distribuidores de bebidas e alimentos das escolas, decidida este ano pelo governo francês, 77 por cento mostra-se a favor, 19 por cento é pela sua manutenção e 4 por cento não responde.
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