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Mais de 25 mil civis mortos no Iraque desde o começo da guerra

Cerca de 25 mil civis morreram por acções de violência desde o começo da guerra contra o Iraque, em Março de 2003, e, destes, 37 por cento perderam a vida às mãos da coligação dirigida pelos Estados Unidos, segundo um novo estudo divulgado no dia 19 de Julho em Londres. O número representa uma média de 34 mortos por dia.
O estudo revela que 24.865 civis iraquianos morreram de Março de 2003 a Março de 2005. As mulheres e as crianças representam a quinta parte destes mortos, sendo que um em cada 10 era menor de 18 anos.
"Em média, 34 civis iraquianos morreram em cada dia no Iraque desde Março de 2003", declarou em Londres o professor John Sloboda, director da Oxford Research Group e co-fundador da Iraq Body Count, ao apresentar o trabalho.
Estes números são muito inferiores aos avançados em Outubro de 2004 num estudo semelhante realizado a pedido da revista americana «The Lancet». Segundo esse estudo o número mínimo de civis mortos era de 98.000.
Este relatório destaca também o nível extraordinário (36%) de mortes devido ao aumento da violência criminosa (assaltos, sequestros, acertos de conta) ou em enfrentamentos das comunidades étnicas e religiosas.
O relatório mostra ainda crescimento continuo do número de mortos ocasionados pelas forças opostas à ocupação.
Três em cada 10 pessoas terão morrido durante as seis semanas transcorridas entre o começo da guerra e o final das principais operações de combate anunciado pelo presidente George W. Bush.
Actualmente, a maior parte das mortes deve-se à acção das forças que combatem a ocupação anglo-americana.
O relatório intitulado «Um Expediente Sobre a Morte de Civis no Iraque 2003-2005» analisou mais de 10 mil reportagem da imprensa, boa parte de jornalistas iraquianos, assim como registos de necrotério e de hospitais.
O professor Sloboda destacou que o estudo não é uma contagem exaustiva dos civis mortos no Iraque, mas é uma base considerada sólida do número mínimo de mortes violentas provocados desde a invasão.
O governo Iraquiano, apoiado pelos ocupantes, criticou este relatório pelo facto de ele afirmar haver mais mortos provocados pelas forças anglo-americanas do que pelos grupos de resistência.


  
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Edição:

N.º 148
Ano 14, Agosto/Setembro 2005

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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