"O Código Da Vinci" é o grande best-seller de 2004 nos EUA
2004 consagrou o sucesso total de "O Código Da Vinci", o livro mais vendido nos Estados Unidos pelo segundo ano consecutivo, disputado por Hollywood e objecto de intermináveis polémicas em vários países. Quase dois anos depois de sua publicação, em Março de 2003, este romance esotérico-religioso ocupa o lugar de maior destaque nas livrarias americanas, fazendo sombra a best-sellers como a autobiografia de Bill Clinton. Com mais de 17 milhões de exemplares vendidos, dos quais 10 nos Estados Unidos, segundo a editora, "O Código Da Vinci" ocupa há 89 semanas a lista dos mais vendidos do New York Times. No Washington Post, além de liderar o ranking, é seguido por outros três romances de Dan Brown. A sua editora, a DoubleDay, filial da gigante Random House (grupo Bertelsmann), mantém-se no topo com habilidade. Prepara o lançamento de um versão de bolso e lançou para as festas de final de ano uma edição de luxo, ricamente ilustrada, que desapareceu das prateleiras apesar do preço salgado de 35 dólares [26 euros]. Hollywood também se interessou pelo livro. Depois de comprar os direitos de autor por seis milhões de dólares, os estúdios Columbia Pictures encarregaram Ron Howard para dirigir o filme com estreia prevista para Maio de 2006. "O Código Da Vinci conseguiu provocar uma série de debates sobre a religião, o sexo, os dogmas da Igreja Católica, os símbolos artísticos, o esoterismo e mesmo a história do mundo ocidental tal como a conhecemos", escreveu o jornal US News and World Report. No centro da polémica está a tese de que uma menina nasceu da união entre Jesus e Maria Madalena. Entretanto, a Igreja teria procurado por todos os meios asfixiar esta verdade a fim de preservar o carácter divino de Jesus. Desta maneira inclui no romance o Opus Dei, a busca do Sant Graal e símbolos ocultos nas obras-primas de Leonardo Da Vinci. Acusado de "deformar a realidade histórica sobre Cristo" ou de navegar sobre "o filão da teoria da conspiração", Dan Brown destaca que "a controvérsia e o diálogo são saudáveis para a religião. Um debate apaixonado é o melhor antídoto contra a apatia, a verdadeira inimiga da religião", acrescenta o autor no seu sitio na Internet.
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