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Venda de armas prejudica o desenvolvimento

ARMAS

Os grandes países exportadores de armas (Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, China e Rússia) vendem dois terços da sua produção para os países do hemisfério sul, contribuindo para aumentar a sua dívida externa e retirar verbas da luta contra a pobreza, refere um relatório da organização humanitária Oxfam.
"Em 1994, calculava-se que um quinto da dívida dos países em desenvolvimento se devia à importação de armas", refere o documento, intitulado "Armar ou Desenvolver?". De acordo com os dados disponibilizados por esta ONG, o mundo consagra entre 50 e 60 mil milhões de euros à ajuda ao desenvolvimento e 900 mil milhões de dólares à defesa.
"Em 2002, 90% das entregas de armas na América Latina, Ásia, África e Médio Oriente provinham dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, órgão que, à partida, tem como missão defender a paz mundial", diz o documento.
Elaborado a partir de reuniões com representantes de 17 países membros da  Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), o relatório indica que " são gastos anualmente cerca de 22 mil milhões de euros por país (...) soma que teria permitido educar todas as crianças e reduzir a mortalidade infantil em dois terços até 2015".
Apesar de os 189 países membros da ONU se terem comprometido em 2000 a reduzir para metade a pobreza no mundo até 2015, no âmbito das Metas do Milénio, "as vendas de armas ainda são autorizadas, apesar de reduzirem o orçamento que deveria ser dedicado à educação, porem em causa a segurança das populações e o respeito pelos direitos humanos", denuncia o texto.


  
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Edição:

N.º 136
Ano 13, Julho 2004

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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