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Estudo questiona os benefícios da cruzada pela virgindade nos EUA

SEXUALIDADE

A cruzada a favor de uma educação sexual baseada exclusivamente na preservação da virgindade, promovida por grupos cristãos e pelo governo do presidente George W. Bush, não teve efeitos na redução do contágio de doenças sexualmente transmissíveis (DST), segundo revela um estudo elaborado pelo governo federal americano. O estudo concluiu que a maioria dos adolescentes que se comprometeram a abster-se sexualmente antes do casamento não só quebrou o compromisso como registou a mesma taxa de transmissão de DST dos restantes inquiridos.
De acordo com Peter Bearman, responsável pela pesquisa e director do Departamento de Sociologia da Universidade de Columbia, dos 12 mil adolescentes incluídos no estudo, que se prolongou ao longo de oito anos, 88% dos que prometeram castidade disseram ter tido relações sexuais antes do casamento.
Mesmo entre aqueles que mantiveram o seu compromisso de abstinência ou prolongaram a idade da sua primeira experiência, poucos eram aqueles que usavam métodos anticoncepcionais, correndo, por isso, o mesmo risco de contágio por DST ou de gravidez dos restantes. "O movimento a favor de uma educação sexual baseada na abstinência está a levar a que se deixe de apostar em campanhas de informação sobre o sexo seguro, o que se torna contraproducente", disse Bearman.


  
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Edição:

N.º 133
Ano 13, Abril 2004

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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