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Governo zambiano proíbe preservativos na escola por razões morais

(I)MORALIDADE

O governo da Zâmbia proibiu recentemente a distribuição de preservativos nas escolas do país de forma a não promover a ?imoralidade? ou a encorajar a as relações sexuais entre os jovens. ?A distribuição de preservativos aos adolescentes, ao invés de os proteger do vírus da SIDA, pode encorajá-los a manter relações sexuais prematuras?, explicou  o senhor Andrew Mulenga, ministro da educação zambiano. O comunicado ministerial refere que as organizações não governamentais que procediam à distribuição de preservativos nos estabelecimentos de ensino estão agora proibidas de o fazer.
O anúncio do ministro provocou a indignação das associações de luta contra a SIDA, argumentando que a medida não impedirá que os jovens continuem sexualmente activos e que colocar preservativos à sua disposição é a única forma de os proteger. ?Não podemos continuar a negar a realidade. É preciso proteger os jovens desta doença mortal", declarou Nkandu Luo, o ex-ministro da Saúde que se converteu num activo militante da prevenção do vírus HIV.
De acordo com números oficiais, um adulto em cada cinco na Zâmbia é seropositivo e um recente estudo, citado pelo próprio presidente do país, Levy Mwanawasa, revela que esta prevalência atinge perto de 40% do corpo docente do país.


  
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Edição:

N.º 133
Ano 13, Abril 2004

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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