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Estados Unidos divididos para as eleições presidenciais de Novembro

A menos de um ano da eleição presidencial nos Estados Unidos da América (EUA) o eleitorado norte-americano está dividido entre os partidos republicano e democrata, facto constatado na anterior disputa pela Casa Branca e confirmado agora em 2004. Nem os atentados que galvanizaram o país em torno do actual presidente, George W. Bush, nem a  guerra no Iraque modificaram esta tendência, o que leva os analistas políticos a chamarem aos EUA a "nação 50/50".
Os dados preliminares do próximo acto eleitoral são diferentes dos de 2000: os republicanos partem unidos em torno do presidente, os democratas lançam nove candidatos. Os primeiros apoiam em massa a guerra no Iraque, a detenção de prisioneiros em segredo, as reduções de impostos e opõem-se aos casamentos entre homossexuais. Os segundos estão divididos quanto a todas estas questões.
Dois estudos recentes demonstram que as grandes crises que sacudiram os Estados Unidos nos últimos quatro anos - incluindo o embaraço jurídico causado pelas eleições de 2000 e o escândalo financeiro da Enron - não tiveram capacidade para modificar a paisagem política.
De acordo com o centro de sondagens Pew Research Center, após consulta de 80 mil eleitores nos últimos três anos sobre a sua filiação política, 30% dos americanos identificam-se com os republicanos, 31% com os democratas e 39% manifestam-se independentes.
O instituto de pesquisas Gallup chegou a conclusões idênticas depois de consultar 40 mil pessoas em 2003. Segundo esta sondagem, 45,5% dos americanos identificam-se com o partido republicano, contra 45,2% que se identificam com os democratas. Há dez anos, os democratas superavam os republicanos por nove pontos percentuais (49% contra 40%), de acordo com a Gallup.
"O século XXI será testemunha do que trará esta nova guerra de secessão entre os Estados Unidos tradicionais e moralistas e os Estados Unidos leigos e progressistas", refere a este propósito David Corbin, professor da Universidade de New Hampshire.


  
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Edição:

N.º 131
Ano 13, Fevereiro 2004

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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