As expressões orais e gráficas do povo oiampis (uma tribo indígena da família linguística tupi-guarani, tronco tupi, que habita no norte do Brasil e na Guiana francesa), o carnaval de Barranquilla (no norte da Colômbia), a cosmovisão dos Kallawaya da Bolívia, a Tumba Francesa da Caridade do Oriente, em Cuba, e as festas indígenas mexicanas dedicadas aos mortos foram declaradas recentemente Obras-primas do Património Oral e Imaterial da Humanidade pela Unesco. Um total de 28 manifestações culturais foram reconhecidas por esta instituição com o mesmo título, a que se juntam, além das já citadas, o carnaval de Binche, na Bélgica, a tradição da recitação védica, na Índia, os marrons de Moore Town, na Jamaica, e as tradições orais dos pigmeus aka da República Centro-africana, para citar alguns exemplos. Este ano, a proclamação foi revestida de particular interesse, pois a Unesco acabou de adoptar, na 32ª reunião da sua conferência-geral, uma Convenção Internacional para a Salvaguarda do Património Imaterial. As obras-primas agora proclamadas somar-se-ão à lista representativa do património imaterial prevista pela Convenção quando esta entrar em vigor, isto é, uma vez ratificada pelos 30 Estados-membros.
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