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Dia a dia

03.09
Mais de 27 mil candidatos a professores no desemprego  

Houve mais de 36 mil candidaturas à 2a parte do concurso de recrutamento de docentes deste ano. O Ministério da Educação calcula que apenas celebrará contrato com cerca de oito mil. A tutela prevê ainda que, nos próximos dez anos, exista um excesso de professores para todos os grupos de docência do 3° ciclo e ensino secundário (este ano ficarão de fora 27 mil, no ano passado ficaram 22.200).
 
04.09 
Sindicatos pedem aumentos salariais  

A CGTP reivindicou (...) aumentos salariais de 5% para 2004 e a fixação do Salário Mínimo Nacional (SMN) em 382 euros. A UGT, mais modesta, vai defender aumentos salariais de 4,5% e um salário mínimo de 380 euros. A CGTP pretende que nenhum trabalhador tenha um aumento salarial inferior a 25 euros no próximo ano.
 
06.09
PIB por empregado cresceria 36%  

Se o mercado de trabalho português possuísse uma estrutura de qualificações igual à da média da UE, a produtividade aumentaria perto de 36%. Este é o resultado em destaque de um exercício de simulação realizado por Eugênio Rosa, economista e director executivo do Instituto Bento de Jesus Caraça, um organismo da CGTP especializado em formação, para demonstrar qual o aumento de produtividade obtido se a escolaridade da população empregada fosse semelhante à verificada na média dos 15 países da União Europeia (29,6% com o básico, 46,3% com o secundário e 24,1 % com o ensino superior).
 
07.09
Perda nos salários  

Os funcionários públicos perderam, nos últimos dez anos, quase cinco pontos percentuais (4,89) na tabela salarial. No caso dos que auferem ordenados superiores a mil euros, a perda foi maior, de 6,39 pontos, já que em 2003 estes trabalhadores viram as suas remunerações congeladas pelo Ministério das Finanças. 

12.09
Cursos públicos sem verbas do Estado  

O Estado vai deixar de financiar todos os cursos das universidades públicas, ao contrário do que sucedia até agora. O ensino público e o privado ficam assim cada vez mais em pé de igualdade - e em situação concorrencial.  

13.09
Despesas correntes do sector educativo

Portugal é o país da UE com maior peso da massa salarial nas despesas correntes do sector educativo, já que a média europeia se situa nos 79%, contra os 90% de recorde absoluto português. Sendo assim, no nosso país apenas 10% dos gastos correntes destinados à Educação são utilizados para a aquisição de recursos, como material educativo, ou para a manutenção, renovação ou construção de infra-estruturas.
 
15.09
Mulheres em força nas escolas mas sem emprego  

Há cada vez mais mulheres portuguesas a frequentar a escola. De acordo com o relatório «Portugal Social», do Instituto Nacional de Estatística (INE), embora haja mais mulheres do que homens nos estabelecimentos de ensino, são elas quem continua a ter maior dificuldade em encontrar emprego.  No ensino superior, a população feminina representava já, no ano lectivo de 2000/2001, 57 por cento dos estudantes inscritos. Segundo as estatísticas divulgadas, a proporção de licenciadas passou de 6,9 para 12,8, enquanto que nos homens a evolução foi de 6,2 para 9,9, ao longo da década de 1991 a 2001. Embora sejam as mais escolarizadas, as mulheres são as que mais tempo demoram a encontrar o primeiro emprego estável, uma tarefa que dura em média 15 meses.
 
16.09
Produtividade e salários aumentam com licenciatura  

Portugal é o 2º país onde a frequência de níveis de escolaridade superiores provoca um maior aumento do salário da mulher trabalhadora Entre os homens, Portugal desce para 4º lugar, nos países em que a formação mais efeito tem no salário. Apenas as mulheres do Reino Unidos são mais beneficiadas que as portuguesas, em termos de salário, por estarem mais anos na escola. Na ranking escolaridade/salário dos homens, Hungria, Estados Unidos e Finlândia estão à frente de Portugal.

16.09
Portugal não recupera atraso na escolaridade  

Apenas um em cada cinco portugueses ( 20%), na faixa etária dos 25 aos 64 anos, atinge o ensino secundário, valor próximo do registado nos países do 30 Mundo. Portugal tem a mais baixa taxa de população que atinge este nível educativo, na lista dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento na Europa (OCDE), revela o relatório «Education at Glance», que refere dados de 2000. Um nível que é considerado, neste relatório, «a formação escolar básica das sociedades modernas».

17.09
OCDE diz que vão faltar professores no futuro  

Portugal terá falta de professores no 1º ciclo do ensino básico, no futuro, prevê o relatório da OCDE «Education at Glance2003», ontem divulgado.  Apesar de 27 mil docentes terem ficado sem colocação este ano lectivo, Portugal é um dos países em que mais de metade dos docentes (60%) do 1º ciclo tem idades superiores aos 40 anos. O que significa que, com a previsível passagem a reforma destes elementos, será necessário injectar mais professores no sistema. Uma média etária elevada que se verifica em 15 dos 19 países da OCDE.

17.09
Abandono escolar em Portugal  

O relatório elaborado pela Comissão Europeia intitulado "A Situação Social na União Europeia" (...) revela que 45% dos jovens desistem da escola antes de cumprida a escolaridade obrigatória, ou seja o 9° ano.  Este valor, distante da média europeia que se situa nos 19%, faz com que Portugal tenha o mais elevado número de jovens a abandonar a escola, em comparação com outros países da União Europeia. A Alemanha regista o mais alto nível de instrução, no grupo etário com idade superior a 50 anos.

17.09
Portugal gasta menos de metade da média da OCDE com o ensino superior  

Os dados do relatório "Education at a Glance", anualmente publicado pela OCDE, indica (...) que o gasto por aluno do ensino superior em Portugal (4766 dólares) equivale a menos de metade da média de 30 países da OCDE (11.109 dólares). Dentro da organização, apenas a Grécia e a Turquia gastam menos.

20.09
Diplomas universitários uniformizados em 2005  

Os ministros da Educação de 40 países europeus decidiram, em Berlim, uniformizar, até 2005, os diplomas dos cursos universitários na Europa. Para tal, ficou decidido que os diplomas internacionais "Bachelor" e "Master" (BA e MA) irão constar dos programas das universidades europeias.


23.09
Cursos com mais saídas profissionais têm baixa procura  

As áreas científicas com mais saídas no mercado de trabalho continuam a ser as menos procuradas pelos candidatos ao ensino superior. Nos cursos de engenharia -um dos domínios de actividade onde se regista uma maior falta de quadros em Portugal ? sobraram mais de três mil vagas para a 2ª fase de candidaturas. A maior fatia de candidatos ? 12 mil ? pretende seguir uma formação em ciências sociais, empresariais e direito, os sectores de actividade que mais contribuem para engrossar as taxas de desemprego dos licenciados.


  
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Edição:

N.º 127
Ano 12, Outubro 2003

Autoria:

Redacção

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