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Supremo Tribunal dos Estados Unidos analisa sistema de quotas

O Supremo Tribunal de Justiça dos Estados Unidos começou recentemente a analisar o princípio da "discriminação positiva" para determinar a constitucionalidade da adopção de quotas raciais nos processos de admissão das universidades americanas. Os nove juízes deste tribunal deverão pronunciar-se sobre a matéria antes do final de Julho.
Esta cláusula, directamente relacionada com o movimento dos direitos cívicos do final dos anos sessenta, gera polémica há 25 anos e foi motivo de uma queixa de três estudantes da Universidade de Michigan ao considerarem que foram discriminados pelo facto de serem brancos.
A Universidade de Michigan tem como política favorecer o acesso aos estudantes das minorias étnicas americanas, sobretudo negros, asiáticos e índios, com a intenção de garantir "a diversidade" do corpo discente. Os três jovens alegam que as suas notas eram consideravelmente altas e garantiriam, à partida, a entrada naquela instituição de ensino.
Em meados de Janeiro, o presidente George W. Bush condenou publicamente a prática de favorecer os estudantes negros, afirmando que este sistema constitui uma discriminação contra os candidatos brancos. "Apoio firmemente a diversidade étnica, sobretudo no ensino superior, mas os métodos utilizados pela Universidade de Michigan para alcançar esses objectivos estão errados na sua essência", disse Bush durante um discurso na Casa Branca.
Milhares de pessoas manifestaram-se entretanto para dar o seu apoio à manutenção da política de quotas da Universidade de Michigan - defendida também pelo secretário de Estado Colin Powell - e pediram a todas as instituições universitárias do país que sigam o exemplo.


  
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Edição:

N.º 123
Ano 12, Maio 2003

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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