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Sabe onde fica o Afeganistão?

Mais de metade dos jovens dos 18 aos 24 anos de nove países ocidentais não consegue localizar Israel no mapa mundo - 83% dos americanos desta faixa etária não consegue encontrar o Afeganistão - e apenas um quarto sabe quais os países que detêm a bomba atómica, de acordo com os resultados de um estudo publicado recentemente pela revista National Geographic.
No total, três em cada dez participantes é incapaz de localizar o Oceano Pacífico, que cobre 33% do globo. No entanto, mais de metade dos jovens inquiridos sabia que a emissão do "Survivor" - um programa de televisão onde os concorrentes tentam sobreviver numa ilha deserta - se desenrola numa das milhares de ilhas dispersas por aquele oceano.
O México classificou-se atrás dos EUA, país onde os habitantes tendem a ter uma visão exagerada da sua importância geográfica e populacional, já que 30% dos jovens americanos afirmou que o seu país conta com mil milhões de habitantes, quando, na realidade, a população americana não ultrapassa os 280 milhões.
Os americanos foram os últimos classificados quando se pedia para localizar o Afeganistão no mapa mundo e menos de metade foi igualmente incapaz de localizar o Japão, a Grã-bretanha e a França. Menos de um terço encontrou a China e 56% não sabia localizar a Índia, que alberga 17% da população mundial. Somente metade conseguiu apontar no mapa a cidade de Nova Iorque.
Apesar do receio que desperta, a bomba atómica é mal conhecida. Menos de um quarto dos franceses, canadianos, italianos, britânicos e americanos conseguiram citar quatro países detentores da bomba, para além dos cinco que oficialmente a possuem (Estados Unidos, Rússia, China, França e Grã-Bretanha). À excepção dos suecos, apenas 45% dos participantes soube dizer que os dois países com uma população superior a mil milhões de habitantes são a China e a Índia.
Globalmente, os melhores resultados foram registados na Suécia, Alemanha, Suécia e Itália, sem que nenhum dos países se distinga dos outros por uma grande margem. Os EUA, o Japão e o México, onde os habitantes viajam pouco ao estrangeiro e são menos numerosos a falar outra língua que não a materna, classificaram-se nos últimos lugares do pelotão
"Se os nossos jovens não sabem localizar países num mapa e são ignorantes no que toca a conhecimentos de cultura geral, como poderão eles compreender os problemas culturais, económicos e de recursos naturais no mundo com que actualmente somos confrontados?", alarma-se John Fahey, presidente da National Geographic Society.


  
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Edição:

N.º 119
Ano 12, Janeiro 2003

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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