O Prémio Nobel da Paz de 2002 já está escolhido. Foi escolhido no dia 3 de
Outubro, mas só será divulgado no dia 11, segundo informações oficiais do
Instituto Nobel da Noruega. O galardoado (ou galardoados, num máximo de três)
receberá um milhão de dólares, sensivelmente duzentos mil contos, mais conto
menos conto.
Em 2001, o vencedor foi o secretário-geral da ONU, Kofi Annan. Este ano fala-se
do ex-senador norte-americano democrata, Sam Nunn, e do senador republicano
Richard Lugar, nomeados pelo seu trabalho em prol da destruição de armas
químicas e nucleares deixadas após o colapso da União Soviética.
Fala-se ainda do ex-presidente dos Estados Unidos da América Jimmy Carter pelo
seu trabalho em prol da paz no mundo, da Coréia do Norte ao Haitii, do
presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, dos rebeldes Tigres do Tâmil, de
dissidentes chineses, de muçulmanos moderados, de ecologistas.
Não é crível que o comité escolha George W, Bush (pelo menos este ano),
sabendo-se, como se sabe, que o actual presidente norte-americano está
empenhadíssimo na guerra. Nem, talvez, Ariel Sharon, o primeiro ministro de
Israel. Ainda não há um Nobel da Guerra. O Tribunal Penal Internacional poderá
ser uma boa escolha.
Uma laureada norte-americana com o Nobel da Paz, Jody Williams, Nobel da Paz de
1997, coordenadora da Campanha Internacional para a Proibição de Minas
Antipessoais, disse, recentemente que o governo do presidente americano George
W. Bush é o mais aterrador da história dos Estados Unidos. "É pior que Reagan e
que Nixon. Vê o mundo em preto e branco".
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