Os jovens franceses dos 15 aos 18 anos são maioritariamente
favoráveis ao ensino das religiões nos programas escolares, de acordo com uma
sondagem publicada recentemente no semanário "La Vie". Interrogados sobre essa
possibilidade, 57% dos inquiridos declaram-se favoráveis, 36% contra e 7% não
sabe ou não responde. No ensino público a percentagem dos que se mostram a favor
é de 52%, enquanto no ensino privado ela se eleva a 73%.
Deste universo, 56% dos jovens desejam um ensino sobre todas as religiões, 37%
preferem um ensino que incida sobre as três principais religiões representadas
em França (cristianismo, judaísmo e islamismo) e 7% elegem a religião cristã.
De acordo com as respostas obtidas, os jovens consideram que tal aprendizagem
seria benéfica em termos de "enriquecimento pessoal" (80%) e de uma "maior tolerância"
(61%), mas são numerosos os que acreditam que ela poderá funcionar de forma
inversa e levar a confrontos e a divisões (54%) ou ao integrismo (29%).
Os jovens dividem-se quanto à existência de Deus: provável, dizem 47%, improvável
(39%), não sabem (14%). Interrogados sobre a sua percepção quanto à fé religiosa,
59% consideram tratar-se de um assunto pessoal, mais do que colectivo (28%).
Os alunos dão "melhores notas" em matéria de tolerância ao cristianismo (56%)
e ao budismo (51%), do que ao judaísmo (28%) e islamismo (26%).
Da mesma forma, cristianismo e budismo adaptam-se melhor à modernidade: respectivamente
25% e 27% dos jovens consideram que estas religiões estão melhor adaptadas aos
tempos modernos, ao passo que apenas 15% e 13% pensam o mesmo sobre judaísmo
e islamismo. Quando questionados sobre que religião responde melhor às questões
que actualmente se colocam aos jovens, 19% considera o cristianismo, 21% o budismo,
contra apenas 10% e 13% relativamente a judaísmo e islamismo.
AFP
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