Agora que a escola acabou e chegam as férias de verão,
que estratégia vai utilizar para ocupar os tempos livres dos seus filhos?
Será que o Estado terá alguma responsabilidade nesta matéria?
Helena Abreu, 35 anos, bancária
É sempre uma situação complicada. Os meus
filhos têm ambos onze anos e não acho que tenham capacidade para
estarem em casa sozinhos. Por isso, tenho de recorrer aos serviços de
ocupação de tempos livres de um infantário. O estado não
se preocupa minimamente com esta questão e a despesa pode ser enorme.
Pago mais de oitenta contos para os ter lá, mas nem toda a gente tem
essa possibilidade.
Joaquim Pedro, 44 anos, comerciante
Tenho uma filha com 17 anos que neste momento está a
tentar arranjar um part-time. Julgo que o Estado, não sei se através
do ministério do emprego ou da educação, deveria providenciar
actividades de ocupação dos tempos livres para as crianças
e jovens. É que estando sozinhos eles tanto podem ir por bons como por
maus caminhos.
Teresa Voliza, 38 anos, empregada doméstica
Normalmente a minha filha fica com a minha madrinha porque
o infantário onde ela anda fecha em Agosto. Neste momento estou à
procura de um emprego que me dê férias em Agosto para passar as
férias com ela. Nem todos os pais têm as mesmas disponibilidades
de tempo e de dinheiro, e nessa medida penso que o Estado deveria disponibilizar
actividades paratodas as crianças, sem excepção. Quando
não se tem família tem de se fazer das tripas coração...
é complicado.
Leonor Gomes, 29 anos, empregada de hotelaria
Normalmente ficam com a avó. Penso que as escolas deveriam
ter actividades de ocupação de tempos livres ou disponibilizar
locais onde eles pudessem estar em segurança.
Teresa Nascimento, 33 anos, empregada de limpeza
Vou com a minha filha para a praia ou para o parque da cidade.
Nesse aspecto não me posso queixar, porque a escola dela tem actividades
de ocupação de tempos livres. Eu própria é que preferi
passar o tempo com ela.
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