GLORIA a Deus nas alturas!
Nos finais do mês de Maio, a interpretação
do hiper-conhecido Gloria, de Vivaldi. Peça com vários andamentos.
No final de cada andamento, palmas, umas tímidas, outras muito convencidas
(e sinceras, sem dúvida) à mistura com uns toques como quem diz:«está
calado!», e olhares furtivos para o parceiro do lado a ver se ... era para bater
ou não! De vez em quando há uns críticos de música
que relatam as desventuras dos maestros para "dominarem" o público
nos intervalos dos andamentos: tosses, catarros, falatórios, telemóveis,
etc., etc. É a vez do articulista (que não assiste a muitos concertos
porque também tem que os fazer): a princípio, o maestro, sem se
voltar, ainda levantou os braços a pedir silêncio; mas não
havia nada a fazer ? foi até ao fim. Quem diria! VINTE E SETE ANOS DEPOIS
DO 25 DE ABRIL! Ensino? Educação? Mas, quem diria muita coisa
como, por exemplo, o articulista ter sabido há dias que tem uma aluna
com gente na família que anda nas ruas a pedir esmola ... quem diria!
VINTE E SETE ANOS DEPOIS DO 25 DE ABRIL .... Educação? Ensino?
Educação musical? Ensino da música? E esse frenesim todo
que vai por aí? O que é que vai ficar? Esperemos, para ver ...
CANTO DÉCIMO
É justo que se faça uma referência ao Canto
Décimo, o grupo vocal da Escola Secundária José Macedo
Fragateiro, de Ovar, cujos elementos terminaram o seu círculo de estudos
nos finais de Maio. A experiência foi já relatada nas páginas
do Jornal do SPN, de modo que não vale muito a pena alongarmo-nos em
mais explicações. Só que, depois do citado artigo, surgiu
uma das partes mais interessantes do círculo: uma composição
colectiva! Chamemos as coisas pelos seus nomes: a Helena (de Inglês) fez
o poema, a Rosa Bela (de Educação Visual) fez a música
(anda por aí muito artista escondido!) e todo o grupo modificou o que
entendeu (dentro do maior espírito de tolerância, e no mais puro
relacionamento democrático com uns laivos de dialéctica a puxar
verdadeiramente o definhamento das instituições!). Pelo meio,
entre outras, ficará na memória de todos uma actuação
com a participação do João Lóio, fazendo uma primeira
parte do Manuel Freire ...
... Isto é que é viver!
Guilhermino Monteiro
Esc. Sec. José Macedo Fragateiro
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