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Pobreza sem diminuir

A luta contra a pobreza, a fome, a morte prematura e o analfabetismo estagnou nos últimos anos, segundo revela o Fundo Internacional para a Agricultura e Desenvolvimento das Nações Unidas (FIDA), que pede a reactivação das lavouras como forma de reduzir para a metade o número de pobres no mundo até 2015.

"Embora durante duas décadas, de 1970 a 1990, tenham sido registados avanços reais na luta contra a miséria, este progresso estagnou", segundo revela o relatório anual da entidade, com sede em Roma, sobre a pobreza rural. De acordo com o documento do FIDA, única entidade das Nações Unidas que concede empréstimos para combater a fome, "as economias rurais foram ignoradas, a ajuda para a agricultura caiu notavelmente, de 20% do total no final dos anos 80 para 12% actualmente".

A "revolução verde", que compreendia variedades de alto rendimento, fertilizantes e irrigação, que se iniciou na década de 60, também está paralisada", destaca aquele relatório, intitulado "Um desafio para acabar com a pobreza rural".

Para o FIDA, "a maioria dos pobres do campo vive da agricultura ou do trabalho agrícola e o compromisso internacional de diminuir a pobreza para metade em 2015 deve centrar-se no revigoramento da agricultura".Ainda de acordo com esta instituição, que fez uma análise dos problemas do sector, a redução da pobreza rural requer melhor distribuição e concessão dos recursos, que vão desde o acesso a terra, a água, a créditos financeiros, a informação, a tecnologia, passando pela educação e saúde.


  
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Edição:

N.º 100
Ano 10, Março 2001

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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