A escritora Maria Velho da Costa morreu no passado sábado, 23 de maio, aos 81 anos, em Lisboa. Era uma das ‘Três Marias’ e, a par com Maria Teresa Horta e Maria Isabel Barreno, escreveu “Novas Cartas Portuguesas”, em 1972, uma obra literária de referência na exaltação da condição feminina e na denúncia à repressão e censura do Estado Novo.

Nascida em Lisboa, a 26 de junho de 1938, Maria Velho da Costa escreveu contos, textos para teatro e romance, tendo sido várias vezes premiada. Recebeu o Prémio Virgílio Ferreira, pelo conjunto da sua obra, em 1997, o Prémio Camões em 2002 e o Prémio Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores, em 2013.

Com o livro “Lúcialima” (1983) recebeu o Prémio D. Diniz; com “Missa in albis” foi-lhe atribuído o Prémio PEN de Novelística; com “Dores” (1994) venceu o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco e o Prémio da Associação Portuguesa de Críticos Literários; e com “Myra” (2008), o último romance publicado, recebeu o Prémio PEN Clube de Novelística, o Prémio Máxima de Literatura e o Prémio Literário Correntes d’Escritas; entre outras obras premiadas.

©Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género