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Radiografia do voluntariado missionário: mulheres, jovens, solteiros com curso superior

De acordo com um estudo promovido pela Fundação Fé e Cooperação, em parceria com a Escola Superior de Educação Paula Frassinetti e com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, os voluntários missionários portugueses são maioritariamente mulheres, jovens, solteiros e com curso superior.

Retratando o voluntariado missionário das últimas duas décadas, marcado pela partida de 4000 voluntários, o estudo indica que a maioria são mulheres (75%), jovens (cerca de 80%), solteiros e com curso superior (70%). Os que mais aderem ao voluntariado são jovens entre 26-35 anos (43%), seguindo-se o grupo até aos 25 anos (38%). A esmagadora maioria professa uma religião.

“Voluntariado: missão e dádiva” indica, ainda, a predominância de oriundos dos distritos de Lisboa, Aveiro, Porto e Braga. E, embora haja voluntários desempregados ou com emprego temporário, a maioria são estudantes ou pessoas com um emprego estável. Cerca de 62% afirmam ter autonomia financeira e grande parte são professores, psicólogos e profissionais de saúde.

Os países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) são os países-alvo da ação do voluntariado missionário português, nomeadamente Moçambique (22 ações) e Angola (15). Nos restantes, existe equilíbrio, rondando 10 ações em cada um.

Sobre as instituições que promovem o voluntariado missionário, o estudo avança que a sua natureza é muito variada, sendo a maioria (quase 75%) de origem católica: congregações religiosas, organizações não-governamentais para o desenvolvimento, IPSS ou instituições diocesanas. A esmagadora maioria delas atua na área da educação/alfabetização/formação, objetivando, entre outras metas, reduzir a taxa de abandono escolar e obter maior sucesso escolar, criar creches e capacitar os educadores.

O estudo, divulgado pela agência Lusa, conclui que os voluntários são “pessoas qualificadas e motivadas, mas que nem sempre a formação preparatória que antecede o envio vai ao encontro das necessidades no terreno de intervenção, o que pode ter como consequência que as competências técnicas dos voluntários não sejam cabalmente aproveitadas nos projetos no terreno”.


  
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