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“Não há professores a mais. Há escola a menos”

Assinalando o início do ano letivo, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) está a realizar ações de rua um pouco por todo o país, alertando os pais e encarregados de educação (e a população em geral) para os problemas das escolas e dos professores. De acordo com a organização sindical, as escolas foram abrindo ao longo desta semana mostrando “grandes dificuldades” na organização e no funcionamento, “as quais tenderão a agravar-se à medida que o ano se desenvolva”.

“O arranque deste ano escolar ficou indelevelmente marcado pelas consequências imediatas de medidas gravíssimas impostas pelo MEC: o aumento brutal do desemprego docente e dos níveis de instabilidade, também com a criação de uma bolsa de milhares de docentes dos quadros sem componente letiva atribuída (horários-zero)”, denuncia a Fenprof, que relembra outras medidas: “a criação de mais 150 mega-agrupamentos, o empobrecimento da estrutura curricular ou o aumento do número de alunos por turma, que, como a OCDE refere, irá piorar a qualidade do ensino”.

Entretanto, o secretário-geral da estrutura sindical, Mário Nogueira, anunciou já que a Fenprof vai realizar uma grande manifestação nacional, para os professores dizerem ao ministro da Educação que “exigem outras políticas, exigem respeito pelos seus direitos e que a Escola Pública seja de facto defendida e valorizada” – “queremos que a manifestação tenha duas componentes: uma é o protesto, outra é a possibilidade de ainda mudar alguma coisa”.

Ainda de acordo com Mário Nogueira, outras formas de luta estão em cima da mesa, havendo a possibilidade de uma greve. Mas, alertou, as ações de luta “têm de ser no momento exato e dirigidas ao alvo certo e disparadas de forma a terem a eficácia toda. Não podemos desperdiçar munições e não vamos desperdiçar”.


  
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